ASSINE
search button

Ônibus passam a circular com escolta policial após ataques em Fortaleza

Compartilhar

Dezesseis pessoas foram detidas até a noite desta quinta-feira (20) por suspeita de participação nos ataques a ônibus em Fortaleza. Entre o fim da noite de quarta (19) e ao longo desta quinta-feira, a polícia prendeu 10 pessoas. 

No fim da tarde, o Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros do Ceará (Sindiônibus), a Secretaria da Segurança e Defesa Social (SSPDS) e a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) anunciaram que as linhas de ônibus passarão a trafegar em comboio sob escolta policial.

Em uma das ocorrências desta quinta-feira, os militares encontraram munições e um galão de combustível com dois suspeitos dentro de um carro. Outras três pessoas também teriam sido encontradas com combustível e confessado a intenção de atear fogo em um ônibus.

Na manhã de quinta-feira, mesmo com a operação especial anunciada SSPDS, cinco coletivos foram incendiados, com perda total. Um cobrador deficiente físico sofreu queimaduras de terceiro grau em 90% do corpo e está internado em estado grave. 

Além da escolta policial anunciada, há também viaturas da guarda municipal de Fortaleza e da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) apoiando as atividades nos terminais de integração de ônibus.

Balanço

Desde a tarde de quarta-feira até o último balanço divulgado nesta quinta, o número total de ônibus que foram alvos de incêndios chegou a 21. Dezenove eram de linhas regulares da capital e região metropolitana, um era fretado e outro era de transporte escolar. Além dos veículos de transporte coletivo, três carros de órgãos públicos foram queimados. 

Na quarta-feira, um motorista teve queimaduras leves ao ter dificuldade de se soltar do cinto de segurança e sair do veículo.

Nesta quinta-feira, três delegacias e duas agências bancárias foram alvo de disparos de arma de fogo. De acordo com o secretário da Segurança, André Costa, ainda não há como determinar se todas as ações foram coordenadas.

Os ataques são apurados pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e há diferentes linhas de investigação. Duas delas são ligadas a transferências de internos de unidades penitenciárias do Ceará. Outra se refere a supostas cartas encontradas em locais onde ônibus foram queimados, assinadas por uma facção criminosa chamada Guardiões do Estado (GDE).