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'NYT': No Brasil, manifestantes conservadores pedem intervenção militar 

Jornal afirma que exigências se voltaram ainda mais para a direita

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O jornal norte-americano The New York Times publicou nesta segunda-feira (27) uma matéria sobre as manifestações de conversadores que aconteceram no Brasil no domingo (26). 

O diário diz que um ano depois de ajudar a pressionar pela saída da presidente Dilma Rousseff, menos conservadores se reuniram para protestos no Brasil. 

Times destaca que exigências se voltaram ainda mais para a direita.

> > The New York Times Conservative Protesters in Brazil Tilt Further Right as Turnout Thins

Dezenas de milhares de manifestantes saíram às ruas em pelo menos 18 estados no domingo em apoio à Operação Lava Jato. A investigação é ameaçada por legisladores que buscam restringir seu escopo e pedir anistia ao financiamento ilegal de campanhas, descreve o noticiário em seu texto.

Manifestantes na orla de Copacabana no Rio de Janeiro e na Avenida Paulista, em São Paulo, exibiram cartazes, gritaram levantavam recortes de papelão ilustrando o juiz Sérgio Moro, acrescenta o NYT.

Mas o número de manifestantes foi significativamente menor do que antes do impeachment, afirma o New York Times. Os manifestantes não visavam a saída de Michel Temer, apesar do crescente número de referências a ele e seus ministros em depoimentos de corrupção vazados. Alguns manifestantes até argumentaram que a remoção do atual presidente só criaria mais instabilidade política, relata o periódico.

"É um momento delicado", disse Ricardo Ismael, professor de Ciências Políticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, que observava os protestos. "O que fazer para renovar os líderes e os partidos?"

Além de manifestar apoio a lava jato, muitos dos que protestavam no Rio de Janeiro e em São Paulo também pediram mais liberdade para portar armas e alguns defendiam a intervenção militar no governo, como aconteceu em 1964, quando um golpe levou a 21 anos de ditadura, relatou o New York Times.