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'Clarín': Brasil se preocupa com futuro do mercado mundial de carnes

Reportagem fala sobre efeito comercial da operação Carne Fraca

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As autoridades brasileiras estão preocupadas com o impacto da operação "Carne fraca" no comércio exterior do seu produto, de acordo com a matéria publicada nesta segunda-feira (20) pelo Clarín. 

A descoberta de adulteração de carne bovina, salsichas e aves, como prática comum entre os dois maiores grupos do setor (JBS e BRF) deve levar à perda de mercados estratégias e conquistados com grandes esforços nas últimas duas décadas, avalia o jornal argentino em seu texto. 

> > Clarín Preocupación en Brasil por el futuro de su mercado mundial de carnes

O Clarín conta que o Brasil conseguiu ao longo da última década atingir uma alta posição nos mercados mundiais, sendo responsável por  7,5% do negócio global de carne bovina. Hoje é o segundo maior exportador nesse segmento atrás apenas dos Estados Unidos; e tem mais de 150 países compradores de carnes e produtos alimentares, incluindo a União Europeia, Rússia e China.

O diário aponta que já na sexta-feira houve uma primeira reação internacional a operação policial "Carne Fraca". As ações da JBS e BRF caíram drasticamente na Bolsa de Valores de São Paulo. As ações dos dois refrigeradores conglomerados brasileiros desabou na sexta-feira: em um caso, com um declínio de 10,6% e no outro, de 7,25%.

"Nós trabalhamos duro nos últimos anos para conquistar espaços no mercado externo. E agora, uma atitude que envolve um pequeno grupo de pessoas coloca nossa imagem no chão. Isso é muito, muito ruim ", disse o Ministro da Agricultura Blairo Maggi em coletiva de imprensa.

O noticiário acrescenta que para a Argentina, é um passo difícil, embora ainda não possa ser mensurado o quanto irá influenciar o mercado doméstico e exterior. BRF anunciou no ano passado, um investimento de cerca de 300 milhões de dólares para expandir a produção Argentina com as suas marcas tradicionais. 

De acordo com especialistas, essas empresas brasileiras devem sofrer danos "equivalentes ao caso da Parmalat", que quase desapareceu no início deste milênio das transações financeiras. 

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