Artigo da revista The Economist, que chega às bancas nesta quinta-feira (9), classifica a situação de Michel Temer na Presidência da República como "conflitante", e lembra que o peemedebista tem aprovação abaixo de 30%, é considerado ilegítimo por muitos brasileiros e tem casos de políticos próximos enfrentando acusações de corrupção.
Questionado sobre o slogan “Fora Temer”, o presidente responde, despreocupadamente, que essa é uma “prova de vida da democracia”. Segundo a publicação, alguns acreditam que a presidência de Temer também chegará a um fim prematuro.
À The Economist, Temer afirma que entregará ao seu sucessor, em 2019, um país que está “de volta aos trilhos”, e que sem as medidas econômicas que seu governo pretende aprovar, como a reforma trabalhista, a previdência, a revisão do CLT, e a ampliação do trabalho terceirizado, o governo federal corre o risco de sofrer o mesmo destino de estados como o Rio de Janeiro e Minas Gerais, “que estão praticamente falidos por causa de pensões públicas”.
O presidente aponta para si mesmo como exemplo “de aposentadoria prematura” e diz que “o futuro de todos os nossos programas sociais” serão protegidos pelas reformas.
The Economist ressalta que o congresso tem aprovado os planos do presidente, para, logo em seguida, destacar declaração de Temer, de que o governo “tem uma base parlamentar extremamente sólida”.
“Uma classe melhor de políticos” é o entretítulo que a revista inglesa dá para destacar a formação de Michel Temer e seus desejos para o futuro. “O Brasil não tem partidos, só acrônimos”, reclamou o presidente à publicação.
Temer diz que a Operação Lava Jato é o “melhor exemplo” de um processo que está fortalecendo as instituições nacionais. Em relação ao processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, o presidente diz que tem “plena paz de espírito”.
A revista finaliza o artigo afirmando que este “presidente acidental poderia acabar sendo uma boa consequência”.