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Marcelo Odebrecht é ouvido por ministro TSE sobre campanha da chapa Dilma-Temer

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O empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrehct, presta depoimento nesta quarta-feira (1º) para o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin. O depoimento acontece na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). 

Marcelo Odebrecht está sendo ouvido como testemunha nas ações que pedem a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer por suposto abuso de poder político e econômico na eleição presidencial de 2014.

As primeiras informações dão conta de que o depoimento está sendo prestado em clima de absoluto sigilo. Apenas Marcelo Odebrecht, Herman Benjamin e seu auxiliar e os advogados estariam na sala.

Condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por participação no esquema investigado pela Operação Lava Jato e réu em outras ações penais, o ex-presidente da construtora Odebrecht está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) desde junho de 2015. Benjamin deverá questioná-lo sobre as contribuições financeiras da empreiteira para a última campanha presidencial.

>> A quem interessa o sigilo no depoimento de Marcelo Odebrecht?

Outros dois executivos ligados a Odebrecht - Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, e o ex-dirigente da empresa Alexandrino de Salles Ramos - que fecharam acordo de delação premiada, também prestarão depoimento. Eles serão ouvidos na quinta-feira (2), no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. 

Processo no TSE

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu companheiro de chapa, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Lava Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidenta e do vice-presidente é julgada em conjunto.

A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. No início do mês, a defesa do presidente Michel Temer sustentou no TSE que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.