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Justiça de São Paulo manda prender ex-goleiro Edinho por associação ao tráfico

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O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou, nesta quinta-feira (23), o recurso de apelação do ex-goleiro do Santos Futebol Clube, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, pelo crime de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. A pena foi reduzida de 33 anos e quatro meses para 12 anos e dez meses em regime fechado. Edinho esperava o julgamento da apelação em liberdade.

O TJ-SP recomendou que a 1º Vara Criminal de Praia Grande, na qual tramitou a ação penal, expeça o mandado de prisão. Quando for publicado o mandado, Edinho deve ser preso. A defesa do ex-goleiro disse à imprensa que o ex-goleiro deve se apresentar à Delegacia de Polícia de Santos quando o pedido de prisão for expedido. 

Os outros envolvidos no processo também tiveram penas reduzidas -- Clóvis Ribeiro, Maurício Louzada Ghelardi, Nicolau Aun Júnior e Ronaldo Duarte Barsotti.

Edinho, filho de Pelé, foi preso com outras 17 pessoas pela Operação Indra em junho de 2005, realizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, o Ronaldo Duarte Barsotti, na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo STF.

Em janeiro de 2006, ele teve a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro. Edinho obteve o direito de permanecer em liberdade com uma decisão do STJ. Em fevereiro, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro e ele foi preso novamente. No dia 21 de dezembro, a ministra Ellen Gracie negou habeas corpus mas, sete dias depois, os advogados pediram reconsideração da decisão, e Edinho saiu da Penitenciária de Tremembé.

No dia 30 de maio de 2014, Edinho foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas, em decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Ele  foi preso no dia 7 de julho por não ter apresentado seu passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade até a decisão final, mas conseguiu habeas corpus. Em novembro do mesmo ano, contudo, foi detido no Fórum de Praia Grande, após cumprir a medida cautelar que exigia que ele comparecesse mensalmente em juízo e registrasse sua rotina, e foi solto no dia seguinte. A Justiça acatou o pedido de habeas corpus.