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Em despacho, Moro defende prisões preventivas: "essencial para interromper crimes"

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Em seu despacho no pedido de busca e apreensão da 38ª fase da Lava Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira (23), o juiz federal Sérgio Moro rebate críticas aos pedidos de prisão preventiva que vêm sendo realizadas no âmbito da operação.

>> Veja a íntegra do despacho

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"Em que pesem as críticas genéricas às prisões preventivas decretadas na assim denominada Operação Lavajato, cumpre reiterar que atualmente há somente sete presos provisórios sem julgamento, e que a medida, embora drástica, foi essencial para interromper a carreira criminosa de Paulo Roberto Costa, Renato de Souza Duque, Alberto Youssef e de Fernando Soares, entre outros, além de interromper, espera-se que em definitivo, a atividade do cartel das empreiteiras e o pagamento sistemático pelas maiores empreiteiras do Brasil de propinas a agentes públicos, incluindo o desmantelamento do Departamento de Propinas de uma delas.

"A prisão preventiva, embora excepcional, pode ser utilizada, quando presente, em cognição sumária, boa prova de autoria e de materialidade de crimes graves, e a medida for essencial à interrupção da prática profissional de crimes e assim proteger a sociedade e outros indivíduos de novos delitos", diz Moro.