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Temer nomeia Imbassahy para Secretaria de Governo e cria dois ministérios

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O Palácio do Planalto anunciou na noite desta quinta-feira (2) que o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) será o novo ministro da Secretaria de Governo, ocupando a vaga que foi deixada por Geddel Vieira Lima. 

O porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, informou, ainda, que o presidente Michel Temer criou o Ministério dos Direitos Humanos e a Secretaria Geral da Presidência, com status de ministério.

A pasta de Direitos Humanos será comandada por Luislinda Valois (PSDB-BA), atual secretária de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça, enquanto a Secretaria Geral ficará sob o comando de Moreira Franco (PMDB), o atual secretário-executivo do Programa de Parceria para Investimentos (PPI). A nova pasta vai abranger o PPI, as secretarias de Comunicação Social, de Administração e o cerimonial da Presidência.

Com o objetivo de demonstrar que o governo é “parte ativa e atuante no combate à criminalidade”, o porta-voz do Planalto informou também que o Ministério da Justiça terá suas atribuições ampliadas e passará a se chamar “Ministério da Justiça e da Segurança Pública”, continuando sob o comando de Alexandre de Moraes.

“Esse conjunto de iniciativas reforça a busca pela eficiência da gestão e o esforço de atender sempre melhor as demandas da sociedade em políticas concretas em benefício do povo brasileiro”, afirmou Alexandre Parola.

Governo vinha tentando emplacar Imbassahy desde o início de dezembro

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou que o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), ex-líder tucano na Câmara dos Deputados, vai assumir a Secretaria de Governo. O cargo está vago desde a exoneração do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Segundo Padilha, a cerimônia de posse do novo ministro, que terá a missão de fazer a articulação política do governo, pode ocorrer amanhã (3).

“O ministro Imbassahy deverá tomar posse, possivelmente, até amanhã. O presidente [Michel Temer] disse que queria ver se ao final desse ato [eleição da presidência da Câmara] conseguiria chamar o ministro para dar a ele a condição de ser empossado”, disse Padilha na Câmara dos Deputados.

Desde dezembro, Imbassahy vinha sendo cotado para assumir a pasta depois que Geddel deixou o cargo após denúncias de que teria pressionado o então ministro da Cultura Marcelo Calero a rever decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre a construção de um edifício em Salvador em que ele teria um apartamento.

Antônio Imbassahy é engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal da Bahia. Presidiu, em 1989, a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) e, no ano seguinte, foi eleito deputado estadual.

Em 1994, Imbassahy foi eleito presidente da Assembleia Legislativa baiana, tornando-se governador do estado após as renúncias do então governador Antônio Carlos Magalhães e de seu vice, Paulo Souto – que deixaram o cargo para se candidatarem ao Senado e ao governo do estado, respectivamente. No ano seguinte, após passar o cargo ao já eleito Paulo Souto, Imbassahy assumiu a presidência da Eletrobras.

Em 1996 e em 2000, Antônio Imbassahy foi eleito prefeito de Salvador. Em 2005 trocou o PFL pelo PSDB. No PSDB, presidiu o diretório estadual do partido entre 2005 e 2010. Após ter perdido as eleições para o Senado (2006) e para a prefeitura de Salvador (2008), foi eleito deputado federal em 2010 e em 2014. Na Câmara federal foi vice-líder do PSDB, vice-líder da minoria, líder da minoria e líder do PSDB.

Com Agência Brasil