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Temer diz que não demitirá preventivamente ministros citados na delação da Odebrecht

"Vai depender das investigações que forem feitas. Temos um longo caminho pela frente"

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Nesta quinta-feira (19), o presidente Michel Temer afirmou que não tem a intenção de afastar preventivamente ministros que venham a ser citados nas delações premiadas de executivos da Odebrecht, que devem ser divulgadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro.

A declaração foi dada durante o lançamento de uma nova linha de crédito do Banco do Brasil para o agronegócio, em Ribeirão Preto (SP). "Nas delações você tem alguém falando de outrem. E quando você tem alguém falando de outrem, você tem uma investigação. Vai depender das investigações que forem feitas, em primeiro lugar na área administrativa, depois na área judicial, e depois até na denúncia, a ser recebida ou não pelo Judiciário. Então, temos um longo caminho pela frente", afirmou Temer.

Setenta e sete executivos da Odebrecht prestaram depoimento à Lava-Jato. A homologação deve acontecer neste início deste ano. A expectativa é de que os depoimentos, que já ganharam o apelido de "delação do fim do mundo", atinjam cerca de 200 políticos.

>> Em delação, executivo da Odebrecht afirma que Temer pediu R$ 10 milhões