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RN: governo identifica líderes de rebelião em presídio e pede a transferência

Número de mortos pode passar de 20

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Pelo menos seis líderes da rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, foram identificados pelo governo do estado. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) informou que será solicitada a transferências dos líderes para presídios federais. Outros detentos devem ser transferidos ainda neste domingo (15) para outras unidades prisionais do estado.

Uma estrutura foi montada para receber os corpos dos presidiários. Inicialmente as informações davam conta de dez mortos, mas o número pode chegar a 25, segundo fontes.

A rebelião durou mais de 14 horas. O motim começou por volta das 17h de sábado (14) (horário local, 18h em Brasília), e só terminou às 7h20 deste domingo (15), com a entrada nos pavilhões da Tropa de Choque da Polícia Militar. Uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5 teria dado início à rebelião. Alcaçuz é o maior presídio do estado, e possui capacidade para 620 detentos, mas abriga cerca de 1.150 presos.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Vilma Batista, homens em um carro se aproximaram do presídio antes da rebelião e jogaram armas por sobre o muro.

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A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) diz em nota que as mortes são "resultado de uma briga entre facções rivais". Já o governo do estado afirma que "'estão sendo levantadas informações acerca do envolvimento de facções criminosas".

Crise nos presídios

Desde o início do ano, presídios do norte do país enfrentam episódios de rebeliões com mortes. No início do ano, um confronto entre facções rivais em Manaus deixou 56 mortos. No dia 6 de janeiro, outro confronto em presídio de Roraima  deixou 33 mortos. Houve também fuga de centenas de presos. 

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