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'Le Monde' destaca precariedade do sistema penitenciário do Brasil após motim em Manus

Reportagem fala sobre decapitações e maior massacre após Carandiru

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O jornal francês Le Monde destacou nesta segunda-feira (2) o motim que ocorreu em uma prisão de Manus no Brasil, onde foram mortos 56 homens. Doze guardas da instituição e setenta e quatro presos foram tomados como reféns. 

A reportagem diz que os confrontos se inciaram na tarde de domingo (2) entre várias facções criminosas dentro da prisão.

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"De acordo com uma contagem inicial, entre 50 e 60 corpos foram encontrados", disse Sergio Fontes, Secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas, afirmando em uma entrevista na rádio local Tiradentes.

"Este é o maior massacre cometido em uma prisão na Amazônia", disse ele em uma coletiva de imprensa.

O motim durou dezessete horas entre domingo à tarde e segunda-feira de manhã no complexo penitenciário Anísio Jobim (Compaj), na periferia de Manaus. Alguns prisioneiros foram assassinados. Os funcionários da prisão teriam recuperado o controle da instituição na segunda de manhã.

superlotação

Esta violência está ligada à rivalidade entre prisioneiros pertencentes a duas gangues rivais. Os motins são comuns nas prisões do Brasil, onde a superlotação é regularmente denunciadas por organizações de direitos humanos.