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Marcelo Calero pede demissão do cargo de Ministro da Cultura

Motivo seria divergência de opinião com outros membros do governo

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No início da noite desta sexta-feira (18), o ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão do cargo que ocupava desde maio deste ano. O Jornal do Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Cultura que confirmou a informação.

De acordo com fontes internas do Minc, o motivo do pedido foi a divergência nas opiniões de Calero e outros membros do governo. Com a demissão, o escolhido para assumir a pasta foi o deputado Roberto Freire (PPS-SP). Ele foi senador entre 1995 e 2002, quando voltou a assumir novamente uma cadeira na Câmara. Ele foi deputado por vários mandatos consecutivos, cinco ao todo, e já passou pelo PMDB e PCB antes de se filiar ao PPS, em 1992

O agora ex-ministro entregou a carta de demissão diretamente para o presidente Michel Temer, que pediu para que Calero pensasse direito na sua decisão. Mais tarde, o ministro telefonou para o presidente e reafirmou sua decisão de deixar o cargo.

Calero foi nomeado ministro da Cultura no dia 20 de maio após polêmica do “rebaixamento” do Ministério da Cultura para Secretaria Especial de Cultura, que integraria o extinto MEC. Após forte apelo popular com direito a ocupação do prédio do Minc, o então presidente em exercício, Michel Temer, voltou atrás na decisão e a Cultura retomou status de ministério.

Carta de demissão

Na carta de demissão, Marcelo Calero agradeceu a Temer a "honra" de ocupar o cargo e disse que tomou a decisão, de ordem pessoal, em "caráter irrevogável".

"Durante os últimos seis meses, empreguei o melhor dos meus esforços, apoiado por uma equipe de extrema qualidade para pensar a política cultural brasileira. Saio do Ministério da Cultura com a tranquilidade de quem fez tudo o que era possível fazer, frente os desafios e limitações com os quais me defrontei. E que o fez de maneira correta e proba", escreveu Calero.