O hacker que clonou o celular de Marcela Temer e chantageou a primeira-dama, Silvonei José de Jesus Souza, foi condenado a cinco anos, 10 meses e 25 dias de prisão em regime fechado por estelionato e extorsão, além de multa. A sentença vem apenas seis meses após a abertura do inquérito, que tinha ganhado classificação "prioritária".
Silvonei, que chegou a pedir R$ 300 mil a Marcela Temer para não vazar fotos íntimas e áudios, deve cumprir a pena em Tremembé, no interior de São Paulo.
O inquérito foi aberto depois que o então secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, agora ministro da Justiça, foi informado sobre a ação. Moraes, tido como amigo de Michel Temer, teria determinado que policiais de sua confiança assumissem a apuração. O delegado Rodolpho Chiarelli assumiu as investigações e decretou sigilo nos autos.
A defesa de Silvonei criticou a decisão de colocar um réu primário em regime fechado por cinco anos. O hacker tem 35 anos.