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Novembro será marcado por manifestações de centrais sindicais contra reformas do governo

Em reunião, líderes planejaram atos contra PEC 241, mudanças trabalhistas e da Previdência

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As centrais sindicais do Brasil realizaram uma reunião na sede da CUT, na tarde desta quarta-feira (20), em São Paulo, para estabelecer uma data de convocação de greve geral contra as mudanças anunciadas pelo governo na Previdência, legislação trabalhista e limitação dos gastos públicos por 20 anos por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241. No encontro, também foi definido o calendário de atividades das centrais para o próximo mês.

Na reunião, se encontraram lideranças da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Conlutas, Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical e União Sindical dos Trabalhadores (UST) e a Força Sindical, única entidade que ainda tem diálogo com o governo.

De acordo com a assessoria da CTB, todas as centrais sindicais reunidas pretendem realizar uma jornada nacional de lutas, com um ato no próximo dia 11 de novembro, definido como “dia nacional de lutas e paralisações e greve para todo o Brasil”. A manifestação será, segundo a CTB, “pelo emprego, contra a PEC 241 e contra a reforma trabalhista e da Previdência.” O ato teria participação predominante de servidores públicos.

Segundo o secretário-geral da Força Sindical João Carlos Gonçalves, o Juruna, as manifestações devem ser realizadas em todas as capitais dos estados brasileiros, com paralisações nos locais de trabalho, em portas de fábrica e passeatas.

Já no dia 24 de novembro, as centrais devem ir à Brasília, para acompanhar o segundo turno da votação da proposta. Para o dia 25, está sendo mobilizado um ato nacional preparatório para a greve geral. De acordo com a CTB, a manifestação é para a sinalização de “uma plenária nacional da classe trabalhadora para discutir as propostas do governo para o país e uma ofensiva contra a retirada de direitos.” O ato deve contar com a participação de profissionais de várias categorias, como metalúrgicos, têxteis, da área de alimentação, condutores, entre outros.”

Segundo Juruna, “é importante que o trabalhador ganhe a sociedade nessas mobilizações. O fato de as centrais sindicais estarem mobilizadas garante o funcionamento da democracia. Se no acúmulo de forças observarmos que é importante ir para a greve geral, mesmo após as discussões, lá na frente pode acontecer”. De acordo com ele, o movimento de greve geral já vem sendo discutido entre as centrais.

* do projeto de estágio do JB