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Dilma volta a recorrer ao Supremo para anular impeachment

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A defesa da ex-presidenta Dilma Rousseff entrou com novo mandado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o processo de impeachment, que causou o seu afastamento da Presidência da República.

O advogado José Eduardo Cardozo também pede a imediata reintegração de Dilma ao mandato presidencial.

A defesa alega que houve ausência de pressupostos jurídicos para a realização do impeachment. 

Com quase 500 páginas, no mandado de segurança, José Eduardo Cardozo afirma que não ficaram comprovadas as acusações de pedaladas fiscais e abertura de crédito sem autorização do Congresso, portanto, a ex-presidenta não cometeu crime de responsabilidade. 

O documento reafirma que a decisão pelo impeachment foi política e não jurídica, e faz críticas a Michel Temer, que teria orquestrado negociações “despudoradas” que levaram à condenação de Dilma. Com isso, os que perderam nas eleições de 2014 assumiram cargos e dão andamento a um programa de governo sem legitimidade do voto do povo. 

Após a aprovação do impeachment no Congresso, em 1º de setembro, a defesa de Dilma já tinha acionado o Supremo Tribunal Federal contestando a decisão. Na ocasião, a solicitação era para anular a condenação do impeachment e que o Senado realizasse uma nova votação do processo. O mandado foi distribuído na época por sorteio para o ministro Teori Zavascki, que ao se tornar o relator do caso, negou uma semana depois a liminar da ex-presidenta. 

A defesa pede novamente que o atual mandado de segurança seja encaminhado para o ministro  Teori Zavascki, por já ter relatado o pedido anterior.