ASSINE
search button

'BBC': Temer é questionado em NY sobre impacto social de medidas impopulares

Reportagem fala sobre possível reação popular com medidas de austeridade

Compartilhar

Matéria publicada nesta quinta-feira (22) pela BBC conta que uma pergunta feita por um investidor estrangeiro, foi uma das preocupações expostas por executivos que assistiram a apresentação do governo do Brasil na quarta-feira (21), em Nova York.

A pergunta foi esta: Quais os planos do governo para conter a convulsão social que poderá surgir quando os brasileiros sentirem no bolso os efeitos dos cortes de gastos e das reformas defendidas pelo Palácio do Planalto?

Segundo a reportagem o investidor esclareceu que estava "muito grato" pelas propostas econômicas do governo e que as julgava "essenciais para a saúde financeira do país", mas que elas inevitavelmente gerariam uma reação popular.

A BBC relata que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, respondeu: "É normal que setores que vão perder alguma coisa não gostem e reclamem", ele disse.

"Mas achamos que será mais forte o impacto (positivo) das medidas, porque no fim das contas o que importa para as pessoas é emprego, renda, ter o país crescendo e gerando riqueza para todos", completou.

De acordo com o texto da BBC, ao longo do evento, o governo tentou convencer os executivos de que a economia brasileira vivia uma "nova fase", mais favorável ao setor privado, e de que se empenharia para aprovar uma série de reformas para controlar as contas públicas e retomar o crescimento.

Em discurso na abertura do encontro, o presidente Michel Temer prometeu uma "reforma radical" da Previdência, disse ter apoio significativo no Congresso para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos orçamentários e defendeu uma "readequação da legislação trabalhista" para que acordos coletivos (celebrados entre empregadores e funcionários) prevaleçam sobre a lei, descreveu a BBC.

O noticiário acrescenta que Temer teria dito que enquanto ocupava a Presidência interinamente, agia com "muito cuidado" em relação à economia, mas que agora havia uma "estabilidade política extraordinária" para levar as reformas adiante.