A ministra da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, é filiada ao PSDB desde o dia 30 de abril de 1997, de acordo com a coluna Expresso, da revista Época. Grace, porém, disse não se lembrar de integrar os quadros do partido. O registro de filiação, com o nome de solteira da ministra - Grace Maria Fernandes Mendonça -, está na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em consulta realizada nesta terça-feira (20).
À revista, a ministra disse que jamais participou da vida partidária do PSDB no Distrito Federal e que o fato nunca interferiu em seu trabalho na AGU. “Sua atuação à frente da Advocacia-Geral da União é eminentemente técnico-jurídica e voltada ao exercício de uma advocacia pública de Estado”, afirmou por meio de nota.
Grace Mendonça afirmou, ainda, em resposta à Expresso, que vai solicitar o desligamento do PSDB e já conversou com o presidente do diretório distrital da legenda, o deputado federal Izalci Lucas.
A ministra tomou posse do cargo na última quarta-feira (14), depois de uma polêmica envolvendo o então titular da AGU. À revista Veja, Fábio Medina Osório disse que foi demitido porque contrariou "muitos interesses" do governo Temer, que, segundo ele, tenta abafar a operação Lava Jato.
Grace Maria Mendonça é advogada da União desde 2001, tendo ocupado, na AGU, cargos como o de coordenadora-geral do gabinete (2001) e o de adjunta do advogado-geral (2002). Foi também secretária-geral do Contencioso entre 2003 e 2016, cargo pelo qual teve a missão de representar a União perante o Supremo Tribunal Federal (STF), onde fez sustentações orais em mais de 60 processos. Ela nasceu em 17 de outubro de 1968, em Januária (MG) e se formou em direito na Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal. É especialista em direito processual civil e mestranda em direito constitucional.
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