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MPF prorroga investigações da Lava Jato por mais um ano

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O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), presidido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou nesta terça-feira (6) a prorrogação por mais um ano da força-tarefa da Operação Lava Jato. O prazo das investigações terminaria nesta quinta-feira (8).

A Lava Jato completou dois anos no último domingo (28) sem nenhum político condenado e apenas dois parlamentares réus em ações penais que ainda estão em fase inicial de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

A primeira lista com nomes de políticos foi entregue pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao relator da Lava Jato na Suprema Corte, ministro Teori Zavascki, em março de 2015. À época, eram 28 pedidos de abertura de inquérito e sete pedidos de arquivamento. Até o momento, 39 acordos de delação premiada foram homologados. Zavascki expediu 162 mandados de busca e apreensão.

No STF, a Lava Jato teve início em agosto de 2014, a partir dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa ao Ministério Público Federal (MPF). À época, o ex-diretor da estatal levantou suspeitas sobre mais de 20 parlamentares. Em dezembro do mesmo ano o doleiro Alberto Youssef fechou sua delação premiada no Supremo.

Das 14 denúncias (que atingiam 45 pessoas) entregues pela PGR ao STF, apenas três foram acolhidas: duas contra o ex-presidente da Câmara e deputado afastado da função Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR). A Folha destaca, ainda, o aniversário de um ano da denúncia contra o senador Fernando Collor (PTC-AL), apresentada no dia 20 de agosto do ano passado pela PGR ao STF e até hoje sem resposta.