Depois de ter provocado polêmica, ao afirmar que a destituição de Dilma Rousseff foi fruto de um "impeachment tabajara" (fajuto) e que o agora presidente da República Michel Temer "engana-se" se pensa que terá o "respeito e a estima dos brasileiros", o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa voltou a atacar a classe política nesta quinta-feira (1º).
Em sua conta no Twitter, o ex-ministro, lembrado por ter conduzido com mãos de ferro o processo do Mensalão no governo Lula, disse que o Brasil tem necessidade de uma opinião pública "robusta" e "bem informada", que seja "eventualmente apta a 'emparedar' os políticos". Barbosa afirmou, ainda, que a população precisa "vigiar" Temer, "exercer controle político das suas ações". "Desconfiança", completou.
Em uma análise dos recursos na Suprema Corte para anular as decisões do processo de impeachment no Senado, o ex-ministro desencorajou autores de ações e disse que o "STF pode pouco em matéria de impeachment".
"Acho dificílimo o STF reverter a decisão do Senado de não declarar Dilma inabilitada para o exercício de funções públicas. O raciocínio é simples: se o próprio Senado que a tirou brutalmente do cargo, num segundo momento 'tirou o pé do acelerador', irá o STF cassar-lhe um direito que os senadores entenderam por bem preservar? Claro que não. O STF não tem poder para isso. Se tivesse, teria também o poder de reverter a decisão de afastamento. E não tem", argumentou Barbosa.
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