Em pronunciamento de sua defesa no Senado, nesta segunda-feira (29), a presidente afastada Dilma Rousseff voltou a afirmar que, caso derrote o processo de impeachment, o caminho natural será propor a antecipação das eleições presidenciais para este ano.
“O que ocorre é que o governo que está agora no poder não teve seu programa aprovado pela população. Ninguém disse que iria acabar com programas, como Pronatec e Ciência Sem Fronteira; a população escolheu o contrário, porque dissemos que daríamos continuidade desses programas”, disse.
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Falando sobre reforma política, Dilma Rousseff atribuiu à multiplicação de partidos a dificuldade em conseguir governabilidade. Ela frisou que era possível discutir a maioria de votos no governo Fernando Henrique Cardoso com apenas três partidos, que se tornaram 11 no governo Lula, e chegaram a 20 partidos em seu governo.
“Isso para conseguir a maioria absoluta. Por isso o pacto de governabilidade foi rompido, e eu decidi apoiar a convocação de um plebiscito para a reforma”, afirmou.