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Ex-ministro Nelson Barbosa fala em sessão que encerra oitiva de testemunhas

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Começou com meia hora de atraso o terceiro dia de julgamento da presidenta afastada, Dilma Rousseff. O sábado será dedicado a ouvir os dois últimos indicados pela defesa da presidente afastada, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e o professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi Ribeiro, na condição de informante, a pedido do advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, pelo fato de Lodi ter atuado como assistente de perícia no processo.

Barbosa, que deve protagonizar a participação mais longa do dia, já começou a responder as perguntas de senadores, sendo o primeiro deles o senador Paulo Paim (PT-RS). Apesar do acordo firmado ontem, para que parlamentares favoráveis ao impeachment não se inscrevam para inquirir as testemunhas da defesa, alguns deles constam na lista, como os tucanos Ricardo Ferraço (ES) e Lúcia Vânia (GO).

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Como hoje haverá apenas duas oitivas, os senadores acreditam que a sessão será mais rápida, com término previsto para no máximo, até o fim da tarde. Já os contrários ao afastamento definitivo de Dilma devem se inscrever em peso para fazer perguntas com objetivo de reforçar argumentos de que ela não cometeu crime de responsabilidade.

Testemunhas

Nos dois primeiros dias de julgamento – quinta e sexta-feira – cinco dos sete nomes indicados pela defesa e acusação foram ouvidos. Só ontem foram quase 14 horas de sessão e por sugestão de José Eduardo Cardozo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que preside a sessão, decidiu finalizar a fase de oitivas neste sábado.

Dilma

A segunda-feira (29) promete ser um dia movimentado, já que será todo dedicado a ouvir a presidenta afastada Dilma Rousseff, que virá pessoalmente ao Senado. Além de apresentar sua defesa, ela responderá a perguntas dos senadores.

Segundo dia do julgamento tem manhã tensa e tarde de depoimentos

O segundo dia do julgamento também foi marcado por bate-boca e acusações entre senadores favoráveis e contrários ao impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, principalmente no período da manhã. À tarde, os atritos foram mais raros e pontuais e a sessão se concentrou nos depoimentos das testemunhas da defesa.

O primeiro bate-boca começou quando o senador petista Lindbergh Farias (RJ) pediu a palavra e disparou contra o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) que lhe antecedeu. "Esse senador que me antecedeu é um desqualificado. O que fez com senadora Gleisi é de covardia impressionante, dizer que tentou aliciar testemunha", disse o petista.

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Em seguida foi a vez do presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista começou pedindo para que os senadores reduzam as questões de ordem repetidas, mas esquentou o clima ao lembrar da declaração de quinta-feira, feita pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) que provocou o primeiro grande tumulto do dia. “Esta sessão é uma demonstração de que a burrice é infinita. A senadora Gleisi chegou ao cúmulo de dizer que o Senado não tem condição moral de julgar a presidente”, disse o presidente.

Esquentando ainda mais o ambiente e provocando a reação imediata de petistas, Renan lembrou que Gleisi e o marido, o ex-ministro das Comunicações do governo Dilma, Paulo Bernardo, foram indiciados por corrupção passiva na Operação Lava Jato e disse ter intercedido a favor deles. Os dois são acusados de receber propina de contratos oriundos da Petrobras.

"Como uma senadora pode fazer uma declaração dessa? Exatamente, sr. Presidente, uma senadora que, há 30 dias, o presidente do Senado Federal conseguiu, no Supremo Tribunal Federal, desfazer o seu indiciamento e do seu esposo", disse Renan.

Gleisi foi em direção a Renan afirmando ser mentira, apoiada pelo senador Lindbergh que gritava "baixaria" e que acabou sendo empurrado por Renan.

Com Agência Brasil