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Suspeito de ameaça terrorista se entrega à Polícia Federal

Agentes prenderam 11 homens e ainda buscam o último, que teria ido para o Paraguai

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A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (22) o 11º suspeito de se preparar para um suposto ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos do Rio. Ele estava em uma cidade a a 560 km de Cuiabá, no Mato Grosso. Na quinta-feira (21), a PF expediu 12 mandados de prisão preventiva e conseguiu prender 11 pessoas. O último procurado, um mecânico que está foragido, teria fugido para o Paraguai pela fronteira com o Mato Grosso do Sul.

A deflagração da Operação Hashtag foi realizada pela Polícia Federal com o intuito de impedir um ataque terrorista que estava sendo planejado através de grupos de conversas em aplicativos de mensagens instantâneas como o Whatsapp e o Telegram.

Os 11 suspeitos presos são de São Paulo, Amazonas, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará, e foram encaminhados para um presídio de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os suspeitos foram os primeiros a serem enquadrados na nova lei antiterrorismo, que foi sancionada em março deste ano.

O ministro da Justiça Alexandre Moraes havia indicado durante entrevista coletiva concedida na manhã da última quinta-feira (21) que eram 12 mandados de prisão e que duas pessoas não tinham sido presas, mas estavam rastreadas aguardando a prisão. Mais tarde, porém, as assessorias de imprensa da PF e do Ministério da Justiça informaram que oficialmente foram 10 mandados de prisão temporária e 2 mandados de condução coercitiva.

Durante entrevista realizada na tarde desta sexta-feira (22), na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, Alexandre de Moraes comentou sobre a possível fuga dos supostos terroristas ligados ao Estado Islâmico, o ministro disse que  "não há informação de que eles estejam no Paraguai", e afirmou que eles estão sendo monitorados, porém não entrou em detalhes sobre como está acontecendo esse monitoramento.

Há informações de que as agências nacionais e internacionais teriam suspeitas mais fortes em relação aos presos no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, e que os presos nos demais estados seriam menos ofensivos. A Operação Lava Jato só teria sido detectada, inclusive, com ajuda de suspeições por parte de agências de investigações de que o grande volume de drogas transportado nas fronteiras desses estados seria usado para lavagem de dinheiro para organizações islâmicas. 

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