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Dono da Engevix que citou propina a Michel Temer desiste de delação

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O sócio da Engevix José Antunes Sobrinho, que durante as negociações para fechar a delação premiada teria prometido provar que entregou R$ 1 milhão a um interlocutor do presidente interino Michel Temer, teria desistido do acordo de delação premiada com a força-tarefa que investiga corrupção na Petrobras. Antunes Sobrinho está preso deste setembro do ano passado, pela operação Lava Jato. 

Advogados do executivo teriam afirmado que a mudança foi motivada pela absolvição de Antunes em uma das ações da Lava Jato por falta de provas. 

Durante as negociações para fechar a delação, o sócio da Engevix teria afirmado que o pagamento seria um agradecimento pela participação em um contrato de 162 milhões de reais relacionado com as obras da usina de Angra 3.

De acordo com Antunes Sobrinho, o interlocutor de Temer seria o coronel João Baptista Lima Filho, sócio da empresa Argeplan, cujos contratos com o governo federal teriam crescido após a chegada de Temer à vice-presidência.

Antunes teria aimda relatado duas reuniões no escritório de Michel Temer em São Paulo para falar sobre contratos com a Eletronuclear, responsável pela construção da usina – que está há 31 anos em obras. 

Na ocasião, Temer admitiu que se reuniu com os dois empresários, mas negou que o encontro tivesse relação com contratos da Eletronuclear.