ASSINE
search button

'The Economist': Afastamento de Dilma Rousseff foi um 'jeitinho' dado na Constituição

Revista britânica explica que "jeitinho" é forma de contornar algo, como uma lei ou regra

Compartilhar

A edição da revista britânica The Economist desta sexta-feira (27) afirma que o afastamento da presidente Dilma Rousseff foi um 'jeitinho' dado na Constituição. Apesar de Dilma Rousseff ser uma presidente impopular, não foi pessoalmente acusada de crimes de corrupção, diz o texto.

Segundo a reportagem, muitos dos políticos que votaram pelo impeachment recorrem a esses 'jeitinhos', como por exemplo, através das leis de financiamento de campanha. 

A presidente foi afastada pelo Congresso sob acusação de "pedaladas fiscais", tendo usado recursos de bancos públicos. Sua defesa alega que isso não constitui crime de responsabilidade, diz o texto da revista The Economist.

Nesta semana, o ministro interino Romero Jucá (PMDB-RR) foi afastado após revelações de diálogos em que ele dizia que a mudança de governo era necessária para "estancar a sangria" da Lava Jato, conta a revista britânica.

O texto da Economist fala sobre palavras que só existem em português, como "saudade", "cafuné" e "jeitinho", sendo esta última uma forma de contornar algo, normalmente uma lei ou regra. Afirma que o "jeitinho" tem uma conotação de ingenuidade mas também de ilegalidade e que é uma marca da identidade nacional.

A revista cita como exemplo de 'jeitinho' os restaurantes que oferecem refeições a policiais em troca de segurança, empresas abertas com uso de "laranjas" para pagar menos impostos e pessoas que usam crianças ou idosos para evitar filas.

Notícias relacionadas

> > > Washington Post: Gravações telefônicas pressionam aliados de Temer

> > > FT: Brasília é um poço fervilhante de políticos comprometidos

> > > NYT: Transcrições expõem motivação e complô para derrubar presidente Dilma

> > > NYT compara Congresso do Brasil a circo

> > > 'Libération': Impeachment de Dilma foi para travar investigação da Petrobras

Para ler matéria original na íntegra, clique aqui:

> > > The Economist