ASSINE
search button

Dilma: gravações são prova do “caráter golpista do processo de impeachment”

Compartilhar

A cerimônia de abertura do 4º Congresso Nacional da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil, na noite de hoje (23), em Brasília, se converteu como um ato de defesa do governo da presidenta afastada Dilma Rousseff.

Os participantes atribuíram conquistas da agricultura familiar nos últimos 13 anos aos governos de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Fetraf diz não reconhecer o governo do presidente interino Michel Temer. A organização é ligada a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Discurso

Ovacionada pelo público, a presidenta disse, em discurso, que as gravações publicadas hoje pelo jornal Folha de S.Paulo são uma prova do “caráter golpista desse processo de impeachment”.

O jornal revelou conversas do agora ex-ministro do Planejamento Romero Jucá em que ele sugere ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um pacto para impedir o avanço da Operação Lava Jato.

“Vamos ficar atentos para desfazer todas as iniciativas desse governo provisório e interino, em especial, a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Essa talvez seja uma das medidas mais graves tomadas pelo governo provisório”, disse Dilma.

Após o discurso, a presidenta afastada desceu do palco e caminhou entre a plateia sob aplausos e palavras de ordem em defesa da agricultura familiar.

Congresso

Cerca de 1,2 mil representantes da agricultura familiar das cinco regiões do país do Brasil estão acampados no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, em Brasília, para participar de oficinas temáticas para o fortalecimento da agricultura familiar, como reforma agrária, produção de alimentos saudáveis, fortalecimento das mulheres da agricultura e permanência dos jovens no campo.

Segundo a organização do evento, o objetivo do congresso é formalizar a luta social em defesa dos interesses da agricultura familiar.

O evento é patrocinado pela Caixa Econômica Federal e também teve apoio da CUT e do governo do Distrito Federal.

Com Agência Brasil