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Passageiras são levadas à Polícia Federal em Brasília por confusão em avião

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Cerca de 70 mulheres que viajavam na manhã de hoje (10) de Salvador para Brasília, para participar da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, foram levadas para a delegacia da Polícia Federal, no Aeroporto Juscelino Kubitschek, após o desembarque. A assessoria da Polícia Federal diz que foi acionada pelo comandante da aeronave após manifestações de passageiros contra parlamentares que estavam no voo.

A PF fez o desembarque compulsório dos passageiros envolvidos e entrevistou o comandante, alguns passageiros e um dos deputados. Após as entrevistas, a PF entendeu que não havia ocorrido crime e liberou as pessoas.

Uma das passageiras era Maísa Carvalho Amaral, assessora da Secretaria das Mulheres do governo da Bahia, que veio a Brasília para participar da conferência. Segundo ela, em alguns momentos membros da delegação de mulheres se manifestaram prestando apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff, gritando palavras de ordem e frases como “não vai ter golpe, vai ter luta”.

“Elas estavam apenas manifestando sua opinião, uma coisa que é direito de qualquer cidadão”, disse Maísa. Segundo ela, o processo de desembarque e entrevista pela PF demorou cerca de três horas.

Segundo a companhia aérea Latam, o apoio da Polícia Federal no desembarque do voo JJ3437 (Salvador – Brasília) foi necessário em função de “comportamento indisciplinado de clientes a bordo”. A empresa diz que atende rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais.

A deputada Tia Eron (PRB/BA) e o deputado Juthay Junior (PSDB-BA) estavam no voo e, segundo as manifestantes, o acionamento da PF foi feito a pedido dos parlamentares.A deputada informou que estava sentada nas primeiras fileiras, mas percebeu a movimentação no fundo da aeronave, e saiu do avião logo depois do pouso.

"A deputada desconhece se o grupo foi abordado pela Polícia Federal, e nenhuma solicitação, portanto, partiu da parlamentar, mesmo porque, respeita a liberdade de manifestação, e compreende perfeitamente que este cenário faz parte do atual momento pelo qual atravessa o país. Mais ainda, como militante de defesa dos direitos das mulheres, há 16 anos, jamais tomaria uma atitude repressiva contra um grupo de mulheres", informa nota divulgada pela deputada. Juthay Junior ainda não se manifestou sobre o ocorrido.