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PR e PP devem ficar com as lideranças do governo de Temer no Congresso

Apesar de pressões, PMDB não será contemplado na Câmara e no Senado

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Diante das pressões vindas dos partidos da base aliada para compor um eventual governo de Michel Temer, no caso de impeachment de Dilma Rousseff, o vice-presidente decidiu que não vai contemplar seu partido, o PMDB, na liderança de governo tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. A informação é de pessoas próximas a Temer.

As conversas estão avançadas para que o deputado Maurício Quintella (PR-AL) seja escolhido líder do governo na Câmara. Quintella vem liderando o bloco da maioria com partidos que romperam com o governo de Dilma e renunciou à liderança de seu partido no dia da votação do impeachment, por discordar da orientação de votar contra o afastamento de Dilma.

Já no Senado, dois nomes aparecem com força e têm a simpatia de Temer, de acordo com interlocutores do vice. São eles: o senador Blairo Maggi (PR-MT), conhecido como "o rei da soja" e "vencedor", assim como a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, do antiprêmio "Motoserra de Ouro", dado pelo Greenpeace a personalidades que mais promovem o desmatamento no Brasil. Outro nome forte é o da senadora Ana Amélia (PP-RS), atualmente titular da comissão especial do impeachment no Senado.

Apesar de pressões do PMDB, Temer está inclinado a também não ceder a liderança do governo no Congresso Nacional a parlamentares de seu partido. Com a entrada do DEM e do PSDB na eventual nova base aliada e a manutenção dos partidos que apoiaram Dilma, aumenta o número de legendas governistas e, consequentemente, os impasses para que Temer consiga atender a toda a base.