ASSINE
search button

Cunha reafirma que votação do impeachment ocorre no domingo à tarde

Compartilhar

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, reafirmou há pouco, mais uma vez, que a votação do processo de impeachment ocorrerá neste domingo (17), a partir das 14 horas, como estava programado.

“Eu aproveito para desmentir uma notícia que saiu no [noticiário] online de que se está cogitando adiamento... Não há a menor possibilidade de ter qualquer adiamento. A sessão de votação começará amanhã (domingo, 17), às 14 horas, como estava previsto, e terminará amanhã mesmo. Então quem está espalhando boatos não está contribuindo para o verdadeiro processo. Não procede essa afirmação”, destacou Cunha.

Ele reafirmou que o tempo para discussão e votação está mantido. “Depois que começarem os discursos individuais, bastando quatro oradores terem falado, pode se encerrar a discussão com um simples requerimento. Então, a gente vai dosar de acordo com a vontade, como todos querem falar, muita gente quer, mas não há nenhuma dúvida de que acabará essa discussão.”

Sucessão do vice

Questionado por um repórter sobre a "tese que o PT tem usado muito', de que Cunha seria o beneficiado no caso do impeachment de Dilma Rousseff, pois ele seria o segundo na linha de sucessão da Presidência, caso o vice Michel Temer assuma o governo, o presidente da Câmara rebateu essa afirmação.

“Já cansei de falar sobre isso. Em primeiro lugar, o presidente da Câmara não é sucessor de ninguém. Existe uma diferença: o vice-presidente da República é sucessor do presidente e seu substituto eventual", disse. "O presidente da Câmara, como o presidente do Senado, como o presidente do Supremo Tribunal Federal, são substitutos eventuais... A sucessão do presidente da República jamais é o presidente da Câmara ou do Senado ou do STF...”

Segundo Eduardo Cunha, “isso é uma tentativa de politizar o processo, até porque, eu não serei presidente da Câmara depois de fevereiro de 2017”. Na avaliação do presidente da Casa, “não tem lógica essa situação que está sendo colocada. Visa apenas a criar um constrangimento político, para tentar fazer um debate político de outra natureza”.

Ele disse que “repudia esse tipo de situação” e acha que se é preciso “colocar as coisas no seu devido lugar”. Ele explicita seu ponto de vista: “Existe uma denúncia grave, a mais grave do País, que é o crime de responsabilidade da presidente da República, que será apreciada a autorização para a abertura de processo no Plenário da Câmara dos Deputados. É sobre isso que a gente tem que discutir. É sobre isso que a presidente da República deveria falar”.