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"No domingo, os morros têm de ocupar a Praia de Copacabana", diz Stédile em ato contra impeachment

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Intelectuais, políticos e artistas participaram, nesta segunda-feira (11), de um ato na Lapa, Centro do Rio, da Cultura pela Democracia. O ex-presidente Lula participou do evento, que contou ainda com a presença de lideranças de movimento sociais. O manifesto, contra o impeachment da presidente Dilma, reuniu milhares de pessoas. O  líder do Movimento Sem-Terra, João Pedro Stédile, conclamou a militância a "não dormir até domingo." "No domingo, os morros têm que baixar e ocupar a praia de Copacabana, que é do Brasil, não é dos coxinhas (em referência a manifestação pró-impeachment que acontecerá na orla).

Ao chegar à Fundição Progresso, onde o evento foi realizado, o ex-presidente Lula cumprimentou o músico e escritor Chico Buarque, o teólogo Leonardo Boff, o escritor Eric Nepomuceno. Após o discurso de Lula, o evento prosseguiu no lado de fora, na praça dos Arcos da Lapa.

>> No Rio, Lula participa de ato com artistas e intelectuais pela democracia

 Stédile destacou a importância de se refletir sobre o futuro do país: ""Não havia lugar melhor para discutirmos os rumos do pais do que em praça pública. Os ricos discutem nos jantares em hotéis. Estamos aqui hoje não apenas para ver o Lula, mas também para refletirmos sobre o futuro do nosso pais que corre risco. Direita, burguesia e coxinhas querem reaplicar o neoliberalismo para cortar os direitos dos trabalhadores e as politicas públicas. O outro objetivo é impedir que o Lula volte em 2018. Para barra a direita é preciso que cada um de nós se transforme em militante que não vai dormir daqui até domingo", disse Stedile.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, também discursou: "Estamos numa cruzada pela democracia, presidente Lula. O grande golpe que está a ser praticado hoje no Brasil na realidade é contra o direito dos trabalhadores. Não é uma questão de PT, PSDB, situação ou oposição. O golpe é contra os trabalhadores. Quem está querendo fazer impeachment é quem acha normal o assassinato de jovens negros nas periferias do país. (...) O papel de cada um aqui é fazer a mobilização não apenas em atos grandes como esse aqui, mas falar com amigos, familiares, reunir pessoas contra o golpe", afirmou, enquanto a plateia gritava: "Lula, ladrão, roubou meu coração!" e "Brasil, urgente, Lula presidente!"