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Rui Falcão: nomeação de Lula não pode ser barrada por "chicanas jurídicas"

Presidente do PT reiterou que o ex-presidente na Casa Civil ajudará a retomar economia

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O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, reiterou nesta segunda-feira (21), em artigo publicado nas redes sociais, que a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil é uma das formas de a presidente Dilma Rousseff garantir a estabilidade política do país e retomar o crescimento da economia.

Casuísmos e soluções artificiais, como as que são urdidas pelos golpistas, só acentuarão a crise, tanto no plano econômico, como no sistema político. Ao contrário do que proclamam, quem garante a estabilidade e pode retomar o crescimento da economia é o governo Dilma. Foi este o sentido da nomeação do ex-presidente Lula como ministro-chefe da Casa Civil, para ajudar a presidenta e o País, cuja investidura não pode ser barrada por chicanas jurídicas e grampos ilegais", afirmou o presidente do partido.

Segundo Falcão, a forma como setores da sociedade vêm insuflando um levante de "intolerância, ódio e violência" contra o governo e a repulsa à política conduzem a população a "um movimento assemelhado ao fascismo".

"Como bem assinalou o sociólogo Gabriel Cohn em entrevista recente, 'não vai mais que um passo' entre o que ocorre hoje 'e regimes autoritários, que não precisam ter feição ‘fascista’ ou assemelhada, mas podem muito bem se ocultar sob o manto de uma democracia representativa com Legislativo conservador, partidos fracos, porosidade ao poder econômico e Judiciário centrado em funções repressivas. O Brasil está a beira disso, e a tarefa mais urgente é conter essa tendência'".

O presidente do PT criticou a cobertura midiática das manifestações pela democracia ocorridas na última sexta-feira (18), quando algumas televisões ignoraram o discurso do ex-presidente Lula feito na Avenida Paulista, em contraste com a ampla cobertura dos protestos de domingo (13) a favor do impeachment da presidente Dilma.

"Mais de um milhão de pessoas saiu às ruas no último dia 18, em defesa da democracia, da legalidade, contra o golpe jurídico-politico-midiático em andamento. Os comentaristas do quanto pior melhor preferem valorizar a marcha do dia 13, uma manifestação contra tudo e todos, que agrediu inclusive muitos que patrocinaram e participaram do evento".