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Nos 36 anos do PT, Lula afirma que, 'se necessário', pode ser candidato em 2018

Dilma enviou carta para ex-presidente: 'continuarei ao seu lado em todas as batalhas'

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O ex-presidente Lula afirmou, no aniversário de 36 anos do Partido dos Trabalhadores, comemorado neste sábado (27) no Rio de Janeiro, que os setores conservadores da sociedade terão que enfrentá-lo nas ruas, junto com a militância petista, se quiserem derrubá-lo. Lula voltou a lembrar que pode ser candidato à Presidência da República em 2018.

"Eles pensam que vão me tirar da luta. Se quiserem me derrubar, vão ter que me enfrentar na rua. Podem estar certos de uma coisa, se for necessário eu estarei com 72 anos, com tesão de 30, para ser candidato. Eles pensam que fazendo essa perseguição vão me tirar da luta. Eles não conhecem o que é o PT”, desafiou o ex-presidente.

Lula criticou as movimentações do Ministério Público em relação às acusações que estão sendo feitas a ele e disse que uma parte do Judiciário aceitou se subordinar ao noticiário. "Não imaginava que uma parte do MP era subordinado a uma parte da imprensa. Quando terminar esse processo eles (a Globo) vão ter que me dar um apartamento e uma chácara, porque estão todo santo dia tentando levar a um desgaste moral”.

No palco, ao lado de parlamentares, lideranças petistas e o presidente do partido, Rui Falcão, Lula a todos que, apesar das divergências, todos façam a defesa do governo da presidente Dilma Rousseff. “Por mais que tenhamos divergências, esse governo é nosso e nós temos responsabilidade de fazer dar certo, de ajudar, de discutir, de compartilhar saída para os problemas. Um partido não tem que concordar com tudo que o governo faz e um governo não tem que fazer tudo que um partido quer. Estamos juntos”, disse ele.

O discurso de Lula fez eco à entrevista que Dilma concedeu na manhã deste sábado, do Chile, onde esteve por dois dias para uma viagem oficial. A presidente afirmou que nem o governo nem o partido "são donos da verdade": "O governo é uma coisa, os partidos são outra. Em que pese eles serem a base, muitas vezes, eles divergem. Isso é normal. Eu sempre pedirei apoio e conto com o apoio deles", esclareceu a presidente.

Em carta, Dilma afirma que estará ao lado de Lula "em todas as batalhas"

Durante o evento, o presidente do PT, Rui Falcão, leu a carta enviada por Dilma. No documento, ela diz que Lula é "patrimônio político do país" e que ela continuará ao seu lado em todas as batalhas. “O presidente Lula é o patrimônio político do nosso país e vem sendo duramente atacado de forma injusta. Sou e serei solidária ao companheiro Lula em todas as ocasiões e continuarei ao seu lado em todas as batalhas”

Na carta, Dilma admitiu que o país e a política brasileira vivem "tempos difíceis", mas exortou a "aguerrida militância do PT" a seguir "firme e forte".

“Nesse momento de celebração quero saudar toda a militância. Vocês são responsáveis pela extraordinária transformação desde 2003 (...) Há um ataque sistemático aos pilares do nosso projeto de crescimento (...) De norte a sul e de leste a oeste seguiremos firmes e fortes, de braços dados com essa aguerrida militância do PT que, como eu, tem orgulho da bandeira vermelha na luta por um país mais justo”, concluiu a presidente.

>>Dilma confirma ausência na festa de aniversário do PT