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Empresário Jonas Suassuna, um dos donos do sítio em Atibaia, coleciona negócios 

Fora o filho de Lula, executivo conta com uma variada lista de sócios 

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O empresário Jonas Suassuna, um dos donos do sítio em Atibaia frequentado pelo ex-presidente Lula, é atuante em diversos setores, do editorial ao imobiliário, tendo uma lista variada de sócios. Fora Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, um dos filhos do ex-presidente, fazem parte da lista seus filhos Caio e Bianca e réus em ações judiciais. As informações são de "O Globo".

De acordo com a reportagem, Suassuna e o filho de Lula são sócios na empresa BR4 Participações, mas a relação não se limita aos negócios: o empresário já arcou com o aluguel do filho de Lula em um apartamento nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. A sociedade voltou à tona com o uso do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, por Lula. A abertura de um inquérito já foi autorizada pelo juiz Sérgio Moro para que se investigue se a OAS, a Odebrecht, ou o pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava Jato, estiveram por trás de reformas no imóvel. 

O principal empreendimento de Suassuna, como destaca "O Globo", é o Grupo Gol, focado em conteúdo impresso e digital na área de educação e entretenimento.

A reportagem destaca que a Editora Gol, braço do grupo, já firmou diversos contratos com o setor público, recebendo quase R$ 419 mil da União no ramo de livros didáticos nos últimos dez anos. Do governo do Rio, foram R$ 8,5 milhões em 2009 e R$ 4,7 milhões em 2004.

"O Globo" afirma que antes de enriquecer com o Grupo Gol, Suassuna liderava a agência de publicidade "Zapt". Em 1995, foi eleito presidente da seção estadual da Associação Brasileira de Agências de Publicidade e buscou mobilizar o setor em campanhas como a “Reage, Rio”, que chegou a organizar uma manifestação contra a violência. 

A reportagem destaca que além do filho de Lula, o executivo, primo do ex-senador Ney Suassuna, já contou com outros sócios famosos, como os ex-controladores do banco Cruzeiro do Sul, Luís Felippe e Luís Octávio Indio da Costa. Em 2005, eles fundaram a empresa Bancobanca, com o objetivo de oferecer cartões de crédito para aposentados em bancas de jornal. Suassuna foi avaliado pelos banqueiros como um parceiro ideal para o negócio. Pai e filho, no entanto, compraram a sua parte em 2012. 

Os Indio da Costa hoje são réus na Justiça, acusados de integrar organização criminosa que fraudava empréstimos consignados.

"O Globo" afirma que em suas empresas Zapt Comércio e Serviços e a imobiliária Zarpar, Suassuna enfrenta pendências judiciais devido à situação delicada de seu sócio, o contador Carlos Masetti Júnior, que teve os bens bloqueados pela Justiça. Masetti é um dos réus no processo de falência da distribuidora de combustíveis Petroforte. A ação investiga a existência de um esquema de desvio de dinheiro, em uma série de transferências de bens para outras empresas. 

A reportagem afirma ainda que um terreno de Suassuna, na Ilha dos Macacos, área nobre de Angra dos Reis, foi comprado em 2012, por R$ 72,5 mil. A casa lá construída é o principal ponto de descanso da família hoje e, segundo depoimento de um dos advogados do empresário ao jornal "O Estado de São Paulo, já foi visitada por Lula. Suassuna, contudo, não quis se manifestar.