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Vereador tucano denuncia João Doria por 'mensalinho' do PSDB em São Paulo

Especialista em direito eleitoral diz que prática é abuso de poder econômico

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O vereador Adolfo Quintas (PSDB-SP) está acusando o empresário João Doria Jr. de "cooptar" militantes do PSDB com mensalidades de R$ 2 mil, uma espécie de "mensalinho tucano", para vencer as prévias no partido e disputar a Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano. A informação é da coluna Painel, da "Folha de S.Paulo" desta quinta-feira (11).

Quintas, que é aliado de Andrea Matarazzo, outro pré-candidato do PSDB, aponta Geraldo Malta, um militante histórico da capital paulista, como o autor da oferta em nome de Doria. “Malta é um mercenário. Faz política assim”. Tanto Doria quanto Malta negam as acusações. O empresário afirma que Quintas não tem provas concretas sobre o "mensalinho" tucano na pré-campanha paulistana.

O vereador, no entanto, rebate Doria: “Esse pessoal não trabalha se não receber. Conheço um por um. Estou na vida política na zona leste há mais de trinta anos. Sei disso porque vieram relatar para mim. Falaram que estavam ganhando e por isso estavam apoiando ele”, diz Adolfo Quintas.

Ouvido pela "Folha", o advogado Torquato Jardim, especialista em direito eleitoral, afirma que a lei não descreve as prévias partidárias como gasto de campanha e que esse dinheiro seria de recursos do PSDB. Mas o especialista interpreta o pagamento de cabos eleitorais como prática irregular: “O pré-candidato que gastar dinheiro com voto estaria praticando abuso de poder econômico”.