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Minas Gerais e a crise

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Grandes empresas de Minas Gerais estão atravessando uma severa crise econômica sem precedentes, na esteira do momento econômico do país. Artigo de Vittorio Medioli, intitulado "Minas vai à falência", publicado no jornal O Tempo, destaca o momento de empresas como Vale, Samarco, Açominas (hoje Gerdau) e Acesita (hoje AcelorMittal), as construtoras Mendes Júnior e Andrade Gutierrez que, segundo o autor, "defrontam-se com quadros sombrios no curto prazo." A Fiat (agora FCA) amarga 50% de carros vendidos a menos que em 2012, reforça o texto.

O artigo prossegue destacando que "no andar de baixo, no cinturão de fornecedores e prestadores de serviços, os ventos já levam empresas embora como folhas secas no inverno."

Segundo o autor, a "produção industrial de Minas precipitou em 12% até dezembro de 2015, um desastre que ainda se acelera. Em janeiro deste ano, o setor automotivo registrou um afundamento de 39,8% sobre janeiro de 2015, que foi um dos piores da história."

Ainda de acordo com o texto, o Estado de Minas Gerais voltou a ter níveis de produção "como os da década de 90", apesar de a população ter crescido 20% desde aquela gloriosa década.

O artigo destaca que o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, "saudado pela imprensa especializada e pelo próprio PSDB como “um dos nossos”, na realidade, foi um fracasso sem precedente que poderia ser considerado o cavalo de Troia que fez ruir a cidade petista. Ele está para o Brasil assim como o tsunami foi para a Tailândia ou a guerra de 1964 para o Vietnã."

O texto afirma que Levy, "enquanto tentava aumentar impostos para arrecadar mais R$ 50 bilhões, elevou os juros pagando R$ 501 bilhões a banqueiros. Para arrecadar R$ 50 bi a mais, aumentou o serviço da dívida em R$ 180 bilhões. Perdeu 5,6% de arrecadação. Um aprendiz faria melhor."

De acordo com o autor, a crise em Minas decretou 200 mil desempregados em 2015, "e esse número catastrófico poderá se repetir já no primeiro trimestre de 2016 com mais uma quebra: a Usiminas", diz, acrescentando: "Considerada a estrela da siderurgia brasileira, a empresa de Ipatinga, engasgada com dívidas e prejuízos bilionários, está para fechar as portas."

O artigo destaca que o governo de Fernando Pimentel, "que se queixa de ter encontrado as contas do Estado arrasadas e com R$ 7 bilhões de dívidas inadministráveis, mantidas “fantasiadas” ao longo do governo tucano, será testado." A finaliza, afirmando: "A falência da Usiminas vai exigir muito dele para evitar a perda de milhares de empregos e garantir uma arrecadação fundamental para o erário mineiro."

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