ASSINE
search button

Ativistas jogam purpurina em Bolsonaro em protesto contra a transfobia

Compartilhar

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi recebido por atos de protesto durante uma visita à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL-RS) nesta terça-feira (26). Enquanto o parlamentar falava com a imprensa, militantes do Levante Popular da Juventude jogaram purpurina no deputado, em protesto contra a transfobia. Militar da reserva, Bolsonaro estava em Porto Alegre para participar de uma cerimônia de passagem de cargos no Comando Militar do Sul.

Nas redes sociais, ativistas destacaram os discursos de ódio do parlamentar contra homossexuais e contra os direitos humanos, e chamaram a atenção para a necessidade de denunciar a transfobia, a LGBTfobia, o machismo e o racismo do deputado federal.

"O deputado, que diariamente atenta contra os direitos humanos em seus discursos e ações de ódio, é a personificação da transfobia no Congresso Nacional e, assim como Eduardo Cunha (PMDB), a sua política representa o que há de mais reacionário no Brasil e um retrocesso nas conquistas do povo brasileiro", disse o Levante Popular da Juventude em publicação nas redes sociais. 

Durante a manhã de terça-feira, Bolsonaro havia declarado em entrevista à Rádio Guaíba que "cortaria todos os recursos para direitos humanos". "Esse pessoal vive da violência e vive dentro do governo", disse o político sobre a atuação de ONGs.

O ato de jogar purpurina no deputado gerou diversas manifestações e 'memes' pelas redes sociais. O deputado Jair Bolsonaro, por sua vez, não fez qualquer menção ao acontecido em suas páginas na web.

Após o ato com a purpurina, houve um "beijaço gay" na Assembleia Legislativa com cerca de 150 pessoas, que terminou em confusão depois que participantes entraram no auditório Dante Barone, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, e teve início um "empurra-empurra" entre apoiadores do parlamentar e ativistas. Três pessoas ficaram feridas. Uma jovem teria levado socos e foi empurrada pela escada.

Bolsonaro, que ganha destaque na mídia com suas declarações contra os direitos humanos, atacou a parlamentar Maria do Rosário em 2014, ao dizer que não a estuprava porque ela "não merece", e recebeu uma condenação.