Defensor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) está voltando à presidência da Força Sindical e já cortou pelo menos três funcionários contrários a ele e ao seu temperamento incendiário.
A Força, uma das maiores centrais sindicais do Brasil, justifica os cortes por falta de dinheiro, segundo informações da coluna Painel desta quarta-feira (21), do jornal "Folha de S.Paulo".
Paulinho estava afastado do comando da central desde o final de 2013, quando passou a se dedicar à vida parlamentar. Retomada a atividade, ele espera fazer da Força uma plataforma eleitoral do Solidariedade e para ter barganha com candidatos aliados nas eleições municipais de 2016.
O parlamentar é um dos maiores defensores do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado pelo Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato, que apura um grande esquema de corrupção entre a Petrobras e empreiteiras.
Paulinho também é aliado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Congresso Nacional, ambos trabalham pela queda de Dilma.