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Governo analisa preços do petróleo para decidir sobre ajuda à Petrobras

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A presidenta Dilma Rousseff destacou nesta sexta-feira (15) durante café da manhã com jornalistas que não descarta a adoção de uma política por parte do governo para salvar a Petrobras. A mandatária também reforçou que a estatal "tem se adaptado" às dificuldades econômicas enfrentadas.

Questionada sobre a possibilidade da União ajudar a estatal a se capitalizar, Dilma disse que o governo vai continuar analisando os desdobramentos da queda no preço do petróleo para decidir o que fará.

"O petróleo a preço mais baixo vai alterar de forma substantiva a economia internacional. É óbvio que o petróleo em níveis menores será sempre preocupante. O que nós faremos será em função do cenário nacional e internacional. Nós não descartamos que será necessário fazer uma avaliação se esse processo continuar. Agora, não somos nós, governo brasileiro, que descartamos. Nenhum governo vai descartar, incluindo a política do Fed [Banco Central dos Estados Unidos] de redução de juros", disse.

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Os preços de barris de petróleo desabam nesta sexta-feira (15), após a recuperação da véspera que tinha sido motivada pela forte recuperação nas bolsas chinesas. O mercado chinês, contudo, voltou sofrer um tombo, afetando as projeções sobre a demanda do gigante asiático pela commodity. As baixas no petróleo ao longo da manhã giravam em torno de 5%, e levaram a cotação para patamar inferior aos US$ 30.

A presidente Dilma salientou, na ocasião, que um "processo de recuperação" deve ocorrer em todos os países, a partir do momento em que, em decorrência da desvalorização das moedas estrangeiras e do real, houver consequências não somente no aumento da exportação mas também na produção interna de insumos.

"Eu acredito que nessa questão do preço do petróleo estão embutidas muitas coisas além da Petrobras. Ela tem força para se manter. Ela produz petróleo em um preço muito baixo. Ela tem essa expertise, todo mercado sabe que ela produz a um custo baixo. Diante desse fato, ela tem se adaptado. Ela tem diminuído, por exemplo, seus investimentos. Não porque ela queira. É porque, se ela não fizer isso, não sobrevive. Ela toma também suas medidas", completou Dilma Rousseff.

* Com Agência Brasil