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Estudo do BCG indica que brasileiros consideram a internet o melhor caminho para conseguir emprego

Todos os anos, quase 20% dos trabalhadores em todo o mundo mudam de emprego

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Cerca de 34% dos entrevistados apontam a internet como o melhor caminho na hora de procurar uma nova oportunidade; redes de contatos formadas por antigos colegas de trabalho também são muito efetivas no país.

Todos os anos, quase 20% dos trabalhadores em todo o mundo mudam de emprego. E 55% dessas pessoas encontram suas novas posições através de sites de busca de emprego na Internet. Essa é a conclusão do novo relatório produzido pelo The Boston Consulting Group (BCG) em parceria com o Recruit Works Institute, que ressalta as mudanças radicais que a Internet trouxe para o mercado de recrutamento. O estudo, intitulado Job Seeker Trends 2015: Channels, Search Time, and Income Change, analisa resultados de uma pesquisa com mais de 13 mil candidatos a emprego de 13 países e fornece uma visão global do processo de recrutamento atual. 

Os países pesquisados no relatório cobrem 59% das quase 3 bilhões de pessoas empregadas globalmente, o que torna o relatório uma das maiores pesquisas de percepção de emprego já realizada no mundo. No Brasil, a maioria, cerca de 34% dos entrevistados, também aponta a Internet como o melhor caminho na hora de procurar uma nova oportunidade, seja em sites que relacionam vagas fixas ou temporárias, em portais onde é possível cadastrar o currículo, em agências virtuais de empregos e até em fóruns de discussão. Apenas 10% dos entrevistados acredita que o que mais funciona ainda são os classificados publicados em jornais e revistas. O relatório destacou também que no Brasil e na Rússia os respondentes ainda consideram muito efetivas as redes de contatos formadas por antigos colegas de trabalho ou de estudos na busca por um novo emprego. Já nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, as indicações de familiares e amigos são as mais importantes. 

Na Índia, muito diferente da realidade dos outros países, essa é a modalidade considerada a mais eficaz por 70%, e apenas 8% escolheram a Internet. No Japão, por sua vez, uma grande quantidade de pessoas busca empregos públicos – 24% ante 5% da média global.“As diferenças encontradas no relatório refletem a cultura, economia e maturidade de cada país”, afirma Christian Orglmeister, sócio do BCG. “No Brasil, o grande destaque ainda é a efetividade da Internet e das indicações no processo de busca por um emprego. ” A pesquisa ainda identificou que dentre os brasileiros que trocaram de emprego em 2014, 69% disseram estar satisfeitos com a nova posição, 21% se disseram indiferentes e 10% estão ainda mais insatisfeitos. Na comparação com outros mercados, os mais satisfeitos com o novo trabalho são os indianos (90%) e os menos são os japoneses (57%).