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Temer defende "semiparlamentarismo", com Congresso atuando junto com governo

Vice participou de evento em São Paulo. Gilmar Mendes elogiou: "Seria um ótimo presidente"

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O vice-presidente Michel Temer defendeu, durante palestra promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público, em São Paulo, nesta sexta-feira (10) que a democracia brasileira seja alterada para funcionar como "semiparlamentarismo". O vice destacou que que o modelo ideal seria aquele em que o Legislativo acompanhasse a formulação e a execução do orçamento da União junto do Executivo. 

"Me atrevo a dizer que a ideia é um semiparlamentarismo, o Congresso passaria a atuar efetivamente junto ao governo e não teríamos os problemas que vivemos hoje: 'ah não tinha verba, tirou verba não sei de onde'. E seria facilmente explicável ao povo a falta de recursos", disse.

Michel Temer defendeu a conciliação e a transição, reforçando a importância da estabilidade do país.

"Por mais crise econômica e política que se possa ter, não há crise institucional. Vivemos de 1988 para cá uma estabilidade institucional extraordinária. Vivemos uma coincidência entre a Constituição formal e aquilo que se passa na vida do Estado."

O ministro do Supremo Tribunal federal (STF), Gilmar Mendes, também participou do evento, e elogiou a postura do vice Michel Temer. "Ele tem um excelente nome para as funções que exerce, seria um ótimo presidente, mas não vou falar em 'se'". Gilmar Mendes enumerou várias qualidades de Temer, destacando sua "carreira política notabilíssima".

Em sua palestra, Temer destacou as políticas sociais do governo Lula e Dilma, salientando as 3 milhões de casas já entregues pelo programa Minha Casa Minha Vida, e a abertura da economia feita pelo governo Fernando Henrique, referindo-se à privatização da telefonia. Contudo, o vice-presidente defendeu que o país precisa entrar na "terceira fase da democracia brasileira, a democracia da eficiência" : "Toda iniciativa governamental tem que prestigiar a atividade privada. É assim você promoverá a estabilidade do país."