Matéria publicada no The Wall Street Journal, por Reed Johnson e Paulo Trevisani, dia 4 de dezembro, fala que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff vêm conseguindo muitos aliados para enfraquecer o processo de impeachment aberto contra ela na quarta-feira (2), sendo considerado uma medida partidária sem base legal, destinada a derrubar uma líder democraticamente eleita. Os brasileiros parecem em dúvida se o impeachment pode por fim ao impasse político que tem prolongado uma dolorosa recessão econômica, ou se poderá aprofundar crise e inércia, especialmente se o processo se arrastar por meses. Dilma não perdeu tempo organizando os legisladores para anular a proposta de impeachment feita por Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil. O pedido de impeachment alega manobras ilegais para disfarçar um déficit orçamentário crescente. A presidente tem negado repetidamente qualquer tipo de atitude que possa justificar um processo de impeachment contra ela.
A reportagem conta que Jaques Wagner, Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil, em entrevista coletiva, disse que o governo vai lutar no Congresso e no Supremo Tribunal Federal para "mostrar quais são os verdadeiros fatos." Ele acusou Cunha de usar a ameaça de impeachment para desviar a atenção de seus próprios problemas legais, como um meio de tirar a atenção do comitê de ética, que está ponderando retira-lo de seu cargo. Os promotores afirmam que o presidente da Câmara embolsou milhões em subornos, relacionados com o escândalo de corrupção da "lava-jato". Ele negou todas as acusações contra ele.