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Votação de parecer sobre Cunha deve ocorrer nesta quarta

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O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), afirmou que a votação do parecer do relator, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), deve acontecer quarta-feira (2), às 14 horas. Pinato defende a continuidade da tramitação da representação, apresentada pelo Psol e pela Rede Sustentabilidade, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, por suposta quebra de decoro parlamentar em depoimento à CPI da Petrobras.

Minutos antes, o deputado Wellington Roberto (PR-PB) apresentou à Mesa do Conselho de Ética um voto em separado no qual pede o arquivamento e o fim da continuidade do processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

De acordo com Roberto, Cunha provou ter agido de boa-fé ao depor espontaneamente à CPI da Petrobras. O parlamentar recomendou a aplicação da penalidade de censura escrita pública ao presidente. “Não se pode reconhecer que o exercício da função de presidente da Câmara impunha a ele a responsabilidade das suas declarações, exigindo o compromisso com a sua exatidão”, afirmou Wellington Roberto em seu voto em separado.

José Carlos Araújo, porém, declarou que, em momento algum, o voto em separado será votado. Segundo ele, se o parecer de Pinato – pela continuidade da investigação contra Cunha – for derrotado, o conselho vai escolher, entre os que votaram contra o parecer de Pinato, um deputado para elaborar um parecer vencedor, mas sem qualquer tipo de sanção.

O deputado Sandro Alex (PPS-PR) formulou questão de ordem ao presidente do conselho questionando se cabe, neste momento do processo, a previsão de alguma punição, seja em voto em separado, seja no próprio relatório. “O relatório em nenhum momento fala de cassação de mandato e, sim, admissibilidade para investigação”, esclareceu Araújo.

Já o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) afirmou que o Código de Ética Parlamentar permite estabelecer a sanção cabível. Ele afirmou que o conselho já tem dois precedentes sobre essa situação.

Por sua vez, Fausto Pinato declarou que seu voto pela admissiblidade do processo garante o direito à ampla defesa e o devido processo legal. “Ele [Cunha] pode, inclusive, ser absolvido”. Pinato defendeu que o voto em separado seja anulado.

O líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), concordou com Pinato e afirmou que não há terceira opção, ou o processo é admissível ou não é.