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Suíça diz que não investigou caso de Romário sobre falsificação de extrato

Senador havia ressaltado que "autoridades brasileiras e suíças" esclareceram caso

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O Ministério Público de Genebra arquivou o caso sobre a suposta falsificação de extrato bancário em nome do senador Romário Faria (PSB-RJ) publicado em revista. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, não houve nem haverá investigação, pois se o extrato publicado na imprensa foi falsificado, o fato ocorreu no Brasil, e uma apuração disto seria de responsabilidade das autoridades brasileiras. Na semana passada, em publicação em rede social, o senador destacou que "autoridades brasileiras e suíças" haviam esclarecido o caso.

Em julho, a revista Veja noticiou que Romário era dono de uma conta no banco BSI da Suíça, e chegou a divulgar um extrato da conta com um saldo equivalente a R$ 7,5 milhões, que não constava na declaração de bens à Justiça Eleitoral. O senador contestou a reportagem, viajou a Genebra e afirmou não ter encontrado a conta. O banco BSI confirmou que o senador não era correntista naquela data. Foi aberto um processo no MP local, em razão do extrato supostamente falso. 

A revista chegou a admitir o erro e pediu desculpas ao senador. Na semana passada, contudo, o assunto ganhou um novo capítulo. A gravação que levou à prisão o banqueiro André Esteves e o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo Dilma Rousseff, e o advogado Edson Ribeiro, sugere que Romário fez um acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), que mantém boa relação com o banqueiro. Na gravação, o Edson Ribeiro diz ao senador Delcídio que Romário teria dinheiro depositado na Suíça, mas foi orientado a tirar para não "ser preso".

Após a divulgação do áudio, Romário destacou em publicação em rede social: "O advogado levanta suspeita sobre um assunto que já foi esclarecido por mim e pelas autoridades brasileiras e suíças. Aqueles que novamente fazem acusações inverídicas claro que responderão à Justiça. Qual a credibilidade do advogado de um bandido, corrupto e responsável por roubar uma das principais empresas do país?"

Romário protocolou no final da semana passada um pedido para que a Procuradoria-Geral da República provocasse o Ministério Público suíço para investigar o caso. O Ministério Público Suíço informou ao jornal paulista que a investigação não chegou a ser aberta, pois a Justiça se recusou a aceitar a queixa. 

No início de agosto, Romário divulgou nota do banco suíço BSI, atestando que o extrato da suposta conta bancária com o saldo de R$ 7,5 milhões atribuída a ele pela revista Veja é falso. No comunicado do banco suíço, a instituição informava que apresentou queixa para o Ministério Público de Genebra, pedindo que o crime fosse apurado. "Nós estabelecemos como certo que este extrato bancário é falso e que o Sr. Romário de Souza Faria não é o titular desta conta em nosso banco na Suíça.”

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