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'The Economist': BTG Pactual sofre Impacto profundo

Problemas no banco de investimento mais célebre dos mercados emergentes

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Matéria publicada nesta sexta-feira (27), no The Economist, fala sobre André Esteves, fundador e chefe do BTG Pactual,  negociador astuto e hiperativo. O banqueiro de 40 anos foi preso ontem (26), no Rio de Janeiro, acusado de fazer parte de uma vasta investigação de suborno dentro da Petrobras. Os promotores alegam que o Sr. Esteves e Delcídio do Amaral, parlamentar de destaque do partido de Dilma Rousseff, presidente do Brasil, tentaram ajudar o ex-diretor da Petrobras, condenado por corrupção, Nestor Cerveró, a escapar do julgamento. Segundo a polícia, o Sr. Esteves estava disposto a desembolsar 4 milhões de reais (US $ 1,1 milhão), além de uma mesada de 50 mil reais, para ajuda-lo a sair do país. Ambos se declaram inocentes.

A reportagem questiona qual interesse o CEO do BTG Pactual poderia ter em colocar o Sr. Cerveró fora de alcance da justiça. André Esteves insiste que o investimento do BTG em ativos da Petrobras na África é impecável. Então, pode ser seu envolvimento com a Sete Brasil, uma empresa problemática que construiu plataformas de petróleo para a Petrobras. A situação do banqueiro, no entanto, coloca pressão sobre a empresa que liderou desde 2009. Ele concluiu uma série de aquisições, como a de um banco privado suíço no início deste ano. O CEO do BTG Pactual lidera as tabelas da liga de consultoria latino-americanos em fusões e aquisições. Com ativos de 303 bilhões de reais, o BTG Pactual é um dos maiores bancos de investimentos independentes, dos mercados emergentes. Sua riqueza e gestão de ativos está avaliada em 650 bilhões de reais, acima dos 160 bilhões em 2011. Os lucros cresceram para 3,4 bilhões de reais no ano passado. Uma média de lucro de 25% de retorno em investimentos, ao longo dos últimos quatro anos, muito acima dos níveis de Wall Street.