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Manifestação apoia Lava jato em ato em frente à Polícia Federal, em Brasília

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Entre 15 e 20 pessoas participaram de ato em apoio à Polícia Federal, ao juiz Sérgio Moro e à Operação Lava Jato, neste sábado (17), em Brasília, em frente a sede da Polícia Federal. O grupo, formado por diversos movimentos que compõem o Vem Pra Rua, enfeitou a entrada do prédio com balões e faixas, além de usar um megafone para falar palavras de ordem aos motoristas que passavam por perto.

A pequena concentração de manifestantes, segundo o coordenador do Movimento Brasil, que compunha o grupo, Ricardo Honorato, faz parte de uma estratégia diferente de atuação. De acordo com ele, as grandes manifestações levam cerca de três meses para serem organizadas e os movimentos de rua têm optado por fazer pequenos atos pontuais para que não haja desmobilização.

“O que nós temos planejado são muitas ações desse mesmo porte acontecendo em todo o Brasil. A partir de domingo agora acontecerão em várias cidades, a depender da estratégia de cada cidade”, explicou. Segundo ele, as manifestações menores não atrapalham a organização dos grandes eventos, que reúnem milhares de pessoas por todo o país, e atendem aos que não podem comparecer nessas grandes manifestações que acontecem mais espaçadamente. “Pode até chamar de manifestação pipoca, porque a gente vai dando umas estouradinhas por aí”, completou com bom humor.

>> Vem Pra Rua faz manifestação em São Paulo em apoio à Operação Lava Jato

Além de apoiar o trabalho da Polícia Federal, de Moro e dos procuradores do Ministério Público que atuam na Operação Lava Jato, o ato serviu para cobrar das autoridades que tomem providências com relação a todos os envolvidos nos casos de corrupção. Para José Augusto Cordeiro, a manifestação foi usada também para criticar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por prevaricar em relação a alguns dos envolvidos no escândalo.

“Na minha opinião, Rodrigo Janot está prevaricando porque deixa de cumprir algumas obrigações que o cargo dele exige”, explicou. Para Cordeiro, o procurador-geral tem optado por investigar mais algumas pessoas, como presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em detrimento de outras, como políticos do PT.

“Ele está agindo com o Cunha claramente porque o PT mandou”, afirma. “Não acho que ele [Cunha] seja inocente, mas por que não investigar, por exemplo, a [senadora] Gleisi [Hoffmann? O Lula não tem foro privilegiado. Por que não investiga o Lula?”, questionou.

Por fim, Cordeiro diz que votou no PT por 25 anos, mas está decepcionado com a esquerda. “Estou desencantado com a propaganda de esquerda, porque ninguém é de esquerda coisa nenhuma. Todo mundo só quer saber de encher o bolso de dinheiro”, afirmou.