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Sessão do Congresso para votar vetos de Dilma é adiada mais uma vez

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A sessão do Congresso para análise de vetos da presidente Dilma Rousseff a propostas que aumentam despesas do governo foi encerrada nesta terça-feira, depois de o presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB-AL) reconhecer que, entre os deputados, o quórum era insuficiente. Uma nova sessão foi marcada para esta quarta-feira pela manhã.

Nesse tipo de votação é necessária a participação mínima de 252 deputados. No entanto, só 196 dos 513 haviam registrado presença. A base aliada conta com 304 deputados, sendo que 122 compareceram à sessão, e 182 faltaram: PMDB - 66 deputados (34 participaram da sessão de hoje); PT - 70 (39 participaram); PROS - 11 (8 participaram); PC do B - 10 (7 participaram); PR - 34 (6 participaram); PP - 36 (9 participaram); PSD - 37 (10 participaram); PRB - 21 (5 participaram); PDT - 19 (4 participaram). 

Entre os senadores, o quórum foi atingido (46), com a participação de seis parlamentares a mais que o mínimo exigido.

Entre os vetos que estavam pautados para a sessão conjunta desta terça, o mais polêmico é o que concede reajuste médio de 56% aos servidores do Judiciário. A categoria promoveu mais um "vuvuzelaço" no gramado em frente ao Congresso.

O projeto, vetado pela presidente Dilma Rousseff, previa que as correções fossem escalonadas até 2019. De acordo com o Ministério do Planejamento, essa proposta geraria uma despesa de R$ 5,3 bilhões em 2016. Em quatro anos, até 2019, o custo total seria, segundo o governo, de R$ 36,2 bilhões.

Outro ponto polêmico que estava em pauta era o veto de Dilma ao texto que estende para todos os aposentados e pensionistas as regras de reajuste anual do salário mínimo. A previsão é de que essa medida gere um gasto de R$ 11 bilhões nos próximos quatro anos.

É a segunda tentativa frustrada do governo para que sejam apreciados esses vetos. Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), articulou uma manobra com a oposição para inviabilizar a sessão do Congresso.