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Frente Povo Sem Medo é lançada nesta quinta-feira em combate ao ódio

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Em resposta à onda conservadora no Congresso e à propagação no país da intolerância e do ódio seletivo nas ruas e nas redes sociais, movimentos sociais e centrais sindicais lançam nesta quinta-feira (8), às 19h, a Frente Povo Sem Medo, no Centro Transmontano, em São Paulo. Entre as organizações que fazem parte do manifesto, estão a CUT, o MTST, a CTB e a UNE.

Nesta segunda-feira (5), folhetos com os dizeres “Petista bom é Petista morto” foram jogados no local do velório do ex-presidente da Petrobras e ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra, morto na véspera, vítima de câncer. 

Também circularam pelas redes sociais imagens de pessoas na porta do velório com cartazes de “Lula amigo seu nem morto” e “Lula sua hora tá chegando”.

"A conjuntura desenha momentos desafiadores para o movimento social brasileiro. Precisamos apostar na unidade nas ruas e nas lutas. Esta é a motivação maior de criar uma frente nacional de mobilização, protagonizada pelos movimentos sociais, a Frente Povo Sem Medo", diz a Carta de Lançamento da Frente.

Confira a Carta Convocatória de Lançamento da Frente na íntegra:

CARTA CONVOCATÓRIA DE LANÇAMENTO DA FRENTE POVO SEM MEDO  

O mundo vive sob o signo de uma profunda crise do capitalismo, que perdura desde 2008. Medidas de austeridade econômica dominam a agenda política, multiplicando desemprego, miséria e redução dos direitos trabalhistas. Por outro lado, os banqueiros comemoram cada aniversário da crise, aumentando seus já exorbitantes lucros.

No Brasil, as medidas econômicas não deveriam seguir o mesmo script. O “ajuste fiscal” do governo federal diminui investimentos sociais e ataca direitos dos trabalhadores. Os cortes na educação pública, o arrocho no salário dos servidores, a suspensão dos concursos são parte dessa política. Ao mesmo tempo, medidas presentes na Agenda Brasil como, aumento da idade de aposentadoria e ataques aos de direitos e à regulação ambiental também representam enormes retrocessos. Enquanto isso, o 1% dos ricos não foram chamados à responsabilidade. Suas riquezas e seus patrimônios seguem sem nenhuma taxação progressiva. O povo está pagando a conta da crise.

Ao mesmo tempo, os setores mais conservadores atacam impondo uma pauta antipopular, antidemocrática e intolerante, especialmente no Congresso Nacional. Medidas como a contrarreforma política, redução da maioridade penal, a ampliação das terceirizações, as tentativas de privatização da Petrobrás e a lei antiterrorismo expressam este processo.

No momento político e econômico que o país tem vivido se torna urgente a necessidade de o povo intensificar a mobilização nas ruas, avenidas e praças contra esta ofensiva conservadora, o ajuste fiscal antipopular e defendendo uma saída que não onere os mais pobres.

A conjuntura desenha momentos desafiadores para o movimento social brasileiro. Precisamos apostar na unidade nas ruas e nas lutas. Esta é a motivação maior de criar uma frente nacional de mobilização, protagonizada pelos movimentos sociais, a Frente Povo Sem Medo. 

Será preciso avançar na agenda que os setores populares imprimiram em várias mobilizações ao longo de 2015, como o 15/4, o 25/6 e o 20/8 e também nas greves e mobilizações de diversas categorias organizadas dos trabalhadores:

- Contra a ofensiva conservadora e as saídas à direita para a crise. Não aceitaremos a pauta que este Congresso impõe ao Brasil. Defenderemos a radicalização da nossa democracia, a tolerância e as liberdades contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.

- Contra as políticas de austeridade aplicadas pelo governo, em nome de ajustar as contas públicas. Não aceitamos pagar a conta da crise. Defenderemos que a crise seja combatida com taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos, auditoria da dívida e suspensão dos compromissos com os banqueiros.

- A saída será nas ruas, com o povo, por Reformas Populares. Defenderemos a democratização do sistema político, do judiciário e das comunicações e reformas estruturais, como a tributária, a urbana e a agrária.

Esta frente nasce em um momento de grandes embates e com a responsabilidade de fazer avançar soluções populares para nossa encruzilhada. Sabemos que para isso será preciso independência política, firmeza de princípios e foco em amplas mobilizações.

Convocamos todos e todas a se somarem no lançamento da Frente "Povo Sem Medo" que será realizada no dia 08 de Outubro na cidade de São Paulo, às 18 horas.

AQUI ESTÁ O POVO SEM MEDO! 

CONVOCAM PARA O LANÇAMENTO DA FRENTE POVO SEM MEDO:

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)

Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Intersindical - Central da Classe Trabalhadora

União Nacional dos Estudantes (UNE)

União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes)

Associação Nacional dos Pós Graduandos (ANPG)

Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técino (Fenet)

Uneafro

Círculo Palmarino

Unegro

Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM)

União da Juventude Socialista (UJS)

Rua - Juventude Anticapitalista

Coletivo Juntos

União da Juventude Rebelião (UJR)

Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL)

Coletivo Construção

Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)

Mídia Ninja

Coletivo Cordel

União Brasileira de Mulheres (UBM)

Bloco de Resistência Socialista

Rede Emancipa de Educação Popular

Coletivo de Mulheres Olga Benário

Juventude da Esquerda Marxista

Brigadas Populares

* Por Pamela Mascarenhas