O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, passou por momentos de constrangimentos nesta terça-feira (6), durante a reunião que manteve com os líderes do Senado para discutir a votação da Instituição Fiscal Independente e outros itens da agenda econômica que tramitam no Congresso Nacional.
Quase no final do encontro, o ministro Levy foi interpelado, sem rodeios, pelo senador e empresário Blairo Maggi (PR-MT) acerca das alternativas que a equipe econômica teria para uma eventual rejeição da CPMF. O governo propôs a ressurreição do imposto sobre cheques para arrecadar perto de R$ 32 bilhões anuais.
“Ministro, qual é o plano B do governo para o caso de a CPMF não prosperar no Congresso?” indagou o senador Maggi.
“Sem a CPMF teríamos que pensar em qualquer outra coisa ou mais cortes”, esquivou-se o ministro da Fazenda.
“Mas, então, é bom o governo ter um plano B, porque a CPMF aqui não passa”, antecipou ao ministro, que enrubesceu imediatamente.
“Sem CPMF é muito mais difícil”, pontuou Levy, na tentativa de encerrar o tema desconfortável.
Os demais líderes puxaram outros assuntos da pauta econômica. Entre eles, a regularização dos jogos de azar, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), e que tem como relator Blairo Maggi. Levy disse que não tem posição sobre a legalização dos jogos e que não conversou com ninguém do governo sobre este tema.