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Atlas sobre vulnerabilidade social no país será divulgado pelo Ipea nesta segunda-feira

O estudo analisa 16 regiões metropolitanas brasileiras

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Será divulgado nesta segunda-feira, dia 5 de outubro, o Atlas da Vulnerabilidade Social nas Regiões Metropolitanas Brasileiras. Junto com o  Atlas da Vulnerabilidade Social dos Municípios, divulgado no início de setembro deste ano, a publicação apresenta os resultados obtidos a partir dos dados referentes ao Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) das metrópoles estudadas.

O IVS é um índice sintético que reúne 16 indicadores do Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil do bloco vulnerabilidade social, estruturados em três dimensões: Infraestrutura Urbana, Capital Humano e Renda e Trabalho. Complementar ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), ele permite o mapeamento particular da exclusão social e da vulnerabilidade social para as Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH) das principais regiões metropolitanas do país.

O estudo foi estruturado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e contou com a participação de instituições de pesquisa envolvidas no projeto. A Fundação Ceperj foi uma delas, representando o Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, participou das discussões sobre as técnicas e diretrizes a serem utilizadas na elaboração do trabalho.

O atlas expõe o acompanhamento de 16 regiões metropolitanas do país, são elas: Rio de Janeiro, Vitória, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Cuiabá, Distrito Federal, Belém, Fortaleza, Goiana, Manaus, São Luiz, Natal, Salvador e Recife. Nas avaliações dos indicadores, o trabalho evidencia as desigualdades sociais, em especial a pobreza, presentes em cada região, para que haja a realização de políticas socais nos territórios prioritários.

De acordo com as análises, entre os anos 2000 e 2010, o Brasil reduziu a vulnerabilidade social nas regiões observadas. Os melhores índices identificados foram os de Porto Alegre, Cuiabá e Curitiba, todas na faixa da baixa vulnerabilidade social. A redução foi, comparativamente, maior em Cuiabá (31%), que passou da classificação de alta vulnerabilidade social, em 2000, para baixa vulnerabilidade social, em 2010.

Rio de Janeiro

Na região metropolitana fluminense, ao comparar as avaliações entre os anos de 2000 e 2010, a metrópole passou da classificação de alta vulnerabilidade social para média vulnerabilidade social, o que aponta para uma melhora no período. Essa melhora foi resultado, sobretudo, daquelas observadas nas dimensões Renda e Trabalho (36,55%) e Capital Humano (27,00%). No entanto, a dimensão Infraestrutura Urbana apresentou a menor redução da região (5,52%), mantendo-se na década com a classificação de alta vulnerabilidade social. 

Os municípios do Rio de Janeiro e Niterói concentraram os valores mais baixos do índice em todas as dimensões consideradas. Já os valores mais altos foram registrados entre os municípios de Japeri, Queimados, Nova Iguaçu, São Gonçalo e Itaboraí. 

Após a publicação do atlas, estão previstos novos estudos voltados para a região metropolitana do Rio de Janeiro e para a vulnerabilidade social. Os projetos darão continuidade aos temas abordados, procurando relacioná-los àqueles já desenvolvidos em parceria com o Ipea.