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Renan comemora rebaixamento de Mercadante

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A ficha caiu para a presidente Dilma Rousseff. A reforma ministerial tira a corda do pescoço ao ejetar Mercadante do centro do poder e ampliar a cota dos peemedebistas para afastar a ameaça de perda do cargo.

Dilma atendeu basicamente ao que o PMDB de Renan Calheiros e Michel Temer exigiram nos primeiros meses do novo mandato: corte de despesas, redução de ministérios e a cabeça de Mercadante, chamada por Renan de refundação do governo.

Em avaliações internas sobre o desfecho da reforma, Renan Calheiros, que se distanciou do governo após a demissão do ex-ministro do Turismo Vinicius Lages, comemorou a degola do arquirrival Mercadante que, na crise de 2007, pediu em plenário a renúncia de Renan no escândalo envolvendo o caso com a jornalista Mônica Velloso.

“Acho que o governo ganha muito com a saída de Mercadante. Vai distensionar o ambiente e facilitar a vida da presidente Dilma Rousseff no Congresso, mas nem posso dizer isso publicamente para evitar intriga”, comemorou Renan, que aliou-se a Lula na pressão para rebaixar Mercadante.

Dilma confirma Jaques Wagner na Casa Civil e Mercadante na Educação

Sobre o embate com o presidente da Câmara em torno dos vetos presidenciais e o retorno do financiamento de campanha por empresas privadas, Renan Calheiros marcou para a próxima terça-feira (6) uma nova sessão do Congresso a fim de avaliar os vetos. Os líderes no Senado não aceitaram o que qualificaram de “chantagem” de Eduardo Cunha.

“Ele passou de todos os limites. E não foi a primeira vez. Quando enviou para o Senado a lei das terceirizações, disse que se o Senado não desse prioridade ao tema, ele não votaria a convalidação dos incentivos fiscais para os estados. Isso não pode continuar”, protestou Renan com aliados.

Cunha, cujo isolamento se aprofundou após a bancada do PMDB da Câmara aprovar a nomeação de ministros no governo Dilma, agora, segundo peemedebistas próximos ao deputuado, está mais fragilizado com as denúncias de contas secretas na Suíça.