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José Dirceu diz que ficará em silêncio em reunião da CPI da Petrobras

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O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, informou nesta segunda-feira (31), no início da reunião da CPI da Petrobras convocada para tomar depoimento de cinco presos acusados pela Operação Lava Jato, que permanecerá em silêncio, sem responder às perguntas, seguindo orientação de seu advogado de defesa. A sessão da CPI ocorre na sede da Justiça Federal em Curitiba (PR). 

Ao todo, a comissão pretende ouvir 13 pessoas e fazer pelo menos uma acareação até quinta-feira. Além de José Dirceu, serão ouvidos hoje o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, e três empresários.

Dois são executivos da empreiteira Andrade Gutierrez: Otávio Marques de Azevedo e Elton Negrão de Azevedo. O terceiro é João Antonio Bernardi Filho, representante no Brasil da empresa italiana Saipem.

Acusações

O ex-ministro da Casa Civil foi preso quando cumpria pena de 7 anos de prisão em regime domiciliar por envolvimento no mensalão. O Ministério Público suspeita que a empresa de consultoria dele recebeu dinheiro desviado da Petrobras. Ele nega.

Jorge Zelada foi o sucessor de Nestor Cerveró, também preso pela Operação Lava Jato. Ele foi acusado de receber propina pelo ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.

E os dois executivos da Andrade Gutierrez vão responder as acusações de que a empreiteira pagou propina a diretores da Petrobras em troca de seis contratos, com valor total de R$ 4 bilhões. Eles e a empresa também negam a acusação.

Até quarta-feira, a CPI pretende ouvir também o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e fazer uma acareação entre o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, e o empresário Augusto Mendonça Neto.

Mendonça fez delação premiada e disse que pagou propina para Duque e Vaccari. Os dois negam.

Com Agência Câmara